A morte precoce dos idosos |
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Publicado no Site da Folha Online em 26/06/2007 |
A morte precoce dos idosos
O aumento da população de idosos traz novos desafios à sociedade para que tenham uma vida digna. Um desses desafios parece numa pesquisa Datafolha, prevista para ser divulgada na próxima quarta-feira, durante apresentação de uma experiência da terceira idade com internet: apenas 12% das pessoas com mais de 60 anos fazem atividades educativas, ou sejam, ocupam seu tempo com novos conhecimentos. Isso significa uma morte precoce, por revelar um desinteresse pelas novidades da vida.
Há nisso um preconceito. É a idéia de que só devemos aprender e nos interessar pelas novidades do conhecimento tiver algum impacto produtivo. Aprender seria, então, uma questão de idade, assim como o sexo. Ensinamos isso às crianças, que acabam reproduzindo e se tornando mais tarde vítimas desse preconceito. As escolas vão ter de desfazer essa asneira se quisermos preparar cidadãos para viver com dignidade --e dignidade significa, além de assistência social e médica, sentir-se vivo, útil, aberto a descobertas.
Segundo o Datafolha, idosos com atividades educativas sentem-se mais saudáveis e dispostos física e mentalmente pela simples razão de que, ao manterem contato com as demais pessoas, sentem-se descobrindo o mundo.
Não é um problema só da terceira idade. É de todos. Na sociedade do conhecimento, movida a inovação, sai-se melhor quem faz do aprendizado não um fim, mas um meio, disposto a reciclar-se sempre.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult508u306943.shtml
Jornal Folha de São Paulo
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