União para proteger a Amazônia |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde de 03/07/07 |
União para proteger a Amazônia
Empresa, ONG e governo trabalham em conjunto para preservar a maior floresta do Planeta
SAULO LUZ, saulo.luz@grupoestado.com.br
Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e do governo do Pará, a ONG ambientalista Conservação Internacional (CI-Brasil) e a Alcoa Alumínio estão lançando um programa de conservação da biodiversidade da Amazônia. A parceria irá apoiar quatro Unidades de Conservação em uma das áreas mais ricas em espécies da floresta, localizada entre os Rios Tapajós e Madeira, na divisa entre os Estados do Pará e do Amazonas.
Em 2003, a Alcoa procurou a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil), para diminuir o impacto ambiental de um projeto de mineração em uma área preservada no Pará. “Queríamos realizar um empreendimento inovador que levasse em consideração todas as implicações ambientais, sociais e econômicas da mineração na área”, diz Nilson Pereira Souza, vice-presidente de produtos primários da Alcoa.
A resposta da ONG foi que, para isso, era necessário fazer um trabalho de conservação em escala muito maior do que a do próprio empreendimento. “Além do impacto na área de mineração, a atividade acaba atraindo outros negócios para a região, como pecuária e comércio. O resultado é um núcleo de mineração cercado por um ‘mar de desmatamento’”, conta José Maria Cardoso da Silva, vice-presidente de Ciência da CI-Brasil. “E após diversos estudos concluímos que a forma mais efetiva de frear esse desmatamento na Amazônia é implantando unidades de conservação”, completa José Maria.
A ONG mapeou a região da mineração e descobriu que o Ibama já tinha estabelecido quatro unidades de conservação, porém a maioria delas não estava implementada. Por isso, em 2004, com suporte financeiro da Alcoa, iniciou-se um projeto-piloto para a consolidação de uma delas: o Parque Nacional da Amazônia, em Itaituba, no Pará, que é o primeiro parque da Amazônia brasileira. “Investimos para recuperar a região e melhorar toda a estrutura do parque. Financiamos pesquisas sobre diversas espécies, melhoramos as trilhas para receber o turismo ecológico”, lembra Nilson Pereira.
Além disso, foram organizadas várias oficinas e encontros para envolver a comunidade da região na preservação do Parque. “Também abrimos editais para levantar recursos para pequenos projetos de conservação de associações de moradores”, finaliza José Maria. O sucesso da experiência fez com que a Conservação Internacional desafiasse a Alcoa fazer o mesmo nas outras unidades da região. “Muita gente pensava que o parque era um obstáculo ao desenvolvimento da região. Provamos o contrário e agora vamos ampliar o projeto para outras 4 unidades”, ressalta José Maria.
O novo programa terá a duração de cinco anos e receberá R$ 2 milhões dos parceiros para investir nas cinco unidades de conservação, formando um corredor de biodiversidade na Amazônia com quase 10 milhões de hectares, distribuídos entre os municípios de Juruti (PA), Maués (AM), Santarém (PA), Aveiro (PA) e Itaituba (PA).
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Jornal da Tarde
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