Sob a terra, os dentes de um mastodonte |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde em 25/07/2007 |
Sob a terra, os dentes de um mastodonte
Cientistas descobriram as maiores presas (5 metros) de mastodonte. Animal viveu há três milhões de anos, tinha 3,5 metros de altura e 6 toneladas
Um grupo formado por cientistas holandeses e gregos descobriu ontem, no norte da Grécia, as maiores presas de mastodonte conhecidas até agora. Elas têm cinco metros de comprimento e três milhões de anos. 'O que apresentamos hoje é uma descoberta de enorme importância para a ciência', avaliou Evangelia Tsoukala, chefe das escavações.
A descoberta ocorreu na localidade de Milias, perto de Grevena, quando os cientistas chefiados por Evangelia chegaram a dois dentes de um mastodonte denominado mammut borsoni.
Guinness
De acordo com declarações dos cientistas ao jornal ateniense Kathimerini, o cumprimento das presas , assim como sua espessura, indicam se tratar de um macho. 'Até ontem, as maiores presas encontradas, e catalogadas no Guinness, tinham 4,39 metros', diz a cientista.
Em suas primeiras análises, Evangelia calcula que o animal pré-histórico - um ancestral do elefante - morreu quando tinha entre 25 e 30 anos (a idade média de vida dos mastodontes não ultrapassava 55 anos), possuía estatura de 3,5 metros e pesava cerca de seis toneladas.
'Por ora, estamos apenas nos primeiros passos de nossos estudos sobre o esse mastodonte. Em breve, ele poderá nos dar pistas preciosas sobre como viviam e se relacionavam os animais pré-históricos dessa região', comemorou ela.
No Brasil
Há nove anos, parte da ossada de mastodonte, de 1,8 milhão de anos, foi encontrada por três lavradores, na Zona Rural de Pains, em Minas Gerais. Um crânio com 250 quilos, um fêmur, e outros pedaços do esqueleto do animal estavam enterrados a cerca de 30 metros de profundidade, em uma gruta de formação calcária localizada em uma fazenda a 10 quilômetros da cidade.
A ossada foi encontrada pelo lavrador José Barbosa de Siqueira, dono da propriedade, e outros dois colegas seus. A descoberta chegou a provocar uma disputa judicial entre os lavradores - que não queriam abrir mão da ossada - e as autoridades do Governo Federal, que reclamava o direito de estudar o animal.
Em maio, um filhote fêmea de mamute - outro parente distante do elefante - foi encontrado intacto, na Sibéria. A mamute, que recebeu o nome de Liuba, morreu quando tinha apenas 12 meses de idade, media 130 centímetros de altura e pesava 50 quilos. Até os olhos e a trompa do animal foram conservados pelo gelo.
http://txt.jt.com.br/editorias/2007/07/25/int-1.94.6.20070725.1.1.xml
Jornal da Tarde
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