Inpe anuncia prioridades em 10 áreas de atuação |
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Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 02/08/07 |
Inpe anuncia prioridades em 10 áreas de atuação
Instituto de Pesquisas Espaciais quer, por exemplo, fortalecer trabalho na área de saúde, cenários climáticos, satélites, agronegócio e energia
Simone Menocchi
O que vai acontecer com o Brasil, em termos ambientais, se os americanos continuarem queimando carbono ou se as emissões de gases-estufa forem reduzidas no mundo? As perguntas são apenas exemplos do que o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretende responder com o primeiro Plano Diretor (PD) da instituição, apresentado ontem em sua sede, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
'O plano mostra o que esperar do Inpe no século 21', afirmou o diretor do órgão, Gilberto Câmara. 'Hoje, o monitoramento da previsão do tempo é feito com uma semana de antecedência e a previsão climática, com seis meses. O que fazemos é baseado no que sabemos. Queremos e precisamos ir adiante', completou.
Cenários do futuro relativos à evolução da ciência, à revolução de tecnologias, à inovação nas áreas espacial e terrestre do País, nos próximos dez anos, foram identificados para que a trajetória pudesse ser estabelecida no primeiro PD.
O resultado desse trabalho serviu de base para a definição das trajetórias em dez aspectos. O Inpe quer, por exemplo, desenvolver ferramentas que fortaleçam sua atuação nas áreas de saúde, segurança pública, desenvolvimento urbano e educação. As políticas sociais no Brasil são o primeiro aspecto do PD.
O segundo aspecto do novo plano está centrado nos desafios relacionados às mudanças climáticas. O objetivo é 'consolidar seu papel no desenvolvimento e na operação de modelos e previsões numéricas de tempo e clima para apoiar as decisões governamentais com impactos nacional e regional', diz o texto do PD. O agronegócio, a exploração de energia e dos recursos naturais por meio do desenvolvimento de satélites, a evolução da cadeia produtiva espacial no Brasil e as relações com outros institutos de pesquisa do Estado também estão no plano.
Um dos primeiros desafios a serem colocados em prática é a criação do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, por meio do qual o instituto vai buscar parcerias nacionais e internacionais a fim de aprimorar o monitoramento mais eficaz, via satélite, de áreas onde há desmatamento. O centro terá por meta prever o que vai acontecer com o clima e a vegetação do País nas próximas décadas.
PRIORIDADES
'Vamos colocá-lo em prática já neste ano. O objetivo é contratar 50 pesquisadores e também atrair profissionais de outros grupos do Inpe, que vão trabalhar com os impactos das mudanças globais sobre o planeta e sobre o Brasil', informou Câmara. No Estado de São Paulo, o instituto quer concentrar-se no apoio para a geração de informações relevantes à área de vigilância territorial.
As áreas de defesa e segurança também estão entre os dez itens que resumem o PD. O Inpe quer fortalecer e ampliar sua capacidade técnica para apoiar missões estratégicas de desenvolvimento, integração e operação de satélites de telecomunicações e observação da Terra com alta resolução espacial.
Na apresentação das novas diretrizes para os próximos quatro anos, não se falou em aumento nos valores destinados ao instituto. O secretário de Coordenação dos Institutos de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Fernando Schettino, disse que o PD é uma nova bússola para que o instituto possa 'navegar de forma ainda mais sólida', mas não pôde comentar sobre o aumento do Orçamento. Atualmente o Orçamento anual do Inpe é de R$ 160 milhões. Mas o Plano Diretor também vai possibilitar que a entidade brigue por mais recursos do governo federal e até da iniciativa privada.
'Teremos mais condições de negociar com o governo e com a sociedade os caminhos a serem percorridos pelo Inpe', disse Câmara. A opinião é compartilhada pelo vice-presidente do Sindicato dos Servidores Federais da Ciência e Tecnologia, Francisco Conde: 'A questão orçamentária é o maior desafio. O Plano Diretor é um pacote d
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