Orangotangos utilizam gestos para se comunicar |
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Publicado no Site da Folha Online em 03/08/2007 |
Estudo revela que orangotangos utilizam gestos para se comunicar
da Efe, em Washington
Os orangotangos se comunicam por uma linguagem gestual, similar à de uma pessoa para brincar de mímica, revelou um estudo divulgado ontem (2) pela revista "Current Biology.
Em cativeiro, os animais ainda modificam intencionalmente os movimentos de suas mãos ou outro tipo de gestos de forma seletiva, de acordo com o sucesso que tiverem em sua comunicação, diz o estudo.
Para determinar a forma de comunicação dos orangotangos, Erica Cartmill e Richard Byrne, da Universidade de Saint Andrews, na Escócia, apresentaram seis desses primatas em situações nas quais deviam conseguir alimento com ajuda humana.
Os cientistas, porém, fizeram uma armadilha: em vez de ajudá-los sempre, em muitas ocasiões entendiam de maneira errada os gestos dos orangotangos.
Em alguns casos, davam metade do que queriam, em outras, passavam a parte menos saborosa do alimento que pediam.
Quando a pessoa com a qual tentavam se comunicar não atendia seus desejos, os orangotangos continuavam gesticulando. Ao confirmar que eram compreendidos, utilizavam somente os gestos com os quais tinham tido bons resultados e os repetiam várias vezes.
E quando não conseguiam ser entendidos, os primatas não voltavam a utilizar os gestos "fracassados".
Avaliação
"Surpreendeu-nos a forma como os orangotangos avaliaram a compreensão de quem observava os gestos", disse Byrne.
"Isto significa que transmitem ao interlocutor sua avaliação sobre quanto se fizeram entender", acrescentou. Segundo o cientista, o processo é semelhante ao das brincadeiras de mímica humanas.
Por outro lado, Cartmill afirma que a resposta dos orangotangos demonstrou que desejavam obter um resultado e persistiram até que conseguirem o desejado.
"Os orangotangos fizeram uma clara distinção entre a falta de compreensão total, ao desistir dos sinais usados e usar novos, e a compreensão parcial, quando repetiram os gestos que tinham tido bons resultados", disse o cientista.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u317233.shtml
EFE, em Washington
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