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Educar para a cidadania


Publicado no Site do Jornal da Tarde de 06/08/07

Educar para a cidadania

MARIA REHDER, maria.rehder@grupoestado.com.br

Criar um Plano Municipal de Educação - previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), mas que até hoje não foi aplicado na cidade de São Paulo -, garantir que alunos de escolas públicas tenham no mínimo cinco horas de aula por dia, limitar o máximo de 30 alunos por classe e suprir a demanda não atendida por creches, que chega hoje a 80 mil na Capital.

Estas são algumas das medidas que estão sendo discutidas pelo Grupo de Trabalho de Educação do Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade, que reúne dezenas de empresas, lideranças sociais e ONGs engajadas na meta de transformar a metrópole paulistana num lugar melhor para se viver.

Segundo Oded Grajew, um dos idealizadores do movimento, é fundamental que se ofereça uma educação de qualidade na Cidade - mas ele ressalta que não se trata de qualquer educação: “É preciso educar para a cidadania. De nada adianta formar um engenheiro pós-graduado que vai acabar trabalhando numa empresa que polui o meio ambiente, causando danos a toda sociedade.”

Maria Alice Setúbal, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), explica que é justamente a busca por essa educação para a cidadania que tem norteado as reuniões de integrantes do movimento com representantes de diferentes pontos da Cidade, como São Miguel Paulista e Jardim Ângela.

“Ainda não definimos todas as metas para a educação na Capital porque até o final do ano realizaremos seminários para ouvir mais propostas da sociedade. Mas já possível detectar diversas medidas de impacto que precisam ser adotadas em São Paulo, cidade que hoje apresenta críticos resultados em avaliações nacionais de educação, como a Prova Brasil”, afirma a especialista.

O que mudar

Entre as medidas está a formação continuada dos professores das escolas públicas. “É preciso formar e valorizar o professor para que ele se sinta motivado e trabalhe por mais anos em uma mesma unidade escolar”, afirma Maria Alice. A municipalização do ensino fundamental é outra meta do movimento - hoje, na Capital, 771 mil alunos cursam esta etapa de ensino em escolas estaduais e 550 mil na rede municipal. “A municipalização é prevista na LDB, mas ainda não foi aplicada na Cidade”, completa.

A redução dos turnos diurnos das escolas municipais também é apontada como prioridade. “Neste momento estamos realizando uma radiografia do ensino na Capital que nos vem apontando como ideal o mínimo de cinco horas de aula por dia em classes com número reduzido de alunos”, diz Maria Alice.

Desesperança

Maria Alice ressalta que o desânimo do paulistano é refletido no universo das escolas públicas. “Há um clima de desesperança, uma descrença em relação à Cidade que precisa ser revertida. É por isso que o movimento quer chamar a sociedade para a elaboração de metas, para cobrar e participar.”

Waldir Romero, diretor da Escola Municipal Comandante Garcia D’Ávila, localizada na Zona Norte, tem participado constantemente das reuniões do Grupo de Trabalho de Educação e destaca que o Movimento Nossa São Paulo não vai criar ou inventar indicadores para educação. “Pretendemos estabelecer uma unidade dos indicadores já existentes, para assim elaborar metas.”

Waldir aponta a necessidade da elaboração de um Plano Municipal de Educação. “Um plano que independa de partidos e do governo, mas que seja de toda a sociedade - que, por sua vez, enxergue a educação como um direito de todos. Não é porque um cidadão mora nos Jardins que não tem de se preocupar com o que acontece na periferia, pois pode ser que um dia aquele cidadão que não teve acesso à educação venha a assaltar no seu bairro.”

MEDIDAS DE IMPACTO PROPOSTAS PELO MOVIMENTO

>Reduzir o número de alunos por sala de aula nas escolas públicas. O ideal seria o máximo de 25 alunos por classe nas séries iniciais do ensino fundamental e 30 nas séries finais desta etapa e no ensino médio

>Suprir a demanda não atendida por creches na Capital - que gira em torno de 80 e 90 mil vagas

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Jornal da Tarde

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