Publicado no Portal do Governo do Estado de São Paulo em 08/08/07

Encantados, atletas dão vida nova à Vila
Delegações começam a chegar ao Rio, para a disputa dos Jogos, a partir do final de semana, e passam ao largo de polêmica entre os cartolas


A Vila Pan-Americana voltou a ter vida, ontem, pouco mais de uma semana depois do encerramento dos Jogos. A agitação do local que reuniu atletas das Américas durante 20 dias ficou por conta da chegada da maior parte da delegação que vai representar o Brasil no Parapan-Americano, que começa no domingo. Representantes de quase todas as modalidades 'tomaram posse' do local e se encantaram com o que encontraram.

'Esta é a verdadeira cidade dos sonhos de todo atleta', festejou o nadador Romildo dos Santos. 'É o que gostaríamos de ter no dia-a-dia', admitiu, respaldado pela opinião de seu companheiro Luiz Silva, que participou também dos Jogos Paraolímpicos de Atenas, em 2004. 'Sydney (Paraolimpíada de 2000)não estava tão bom assim', comemorou o atleta, enquanto admirava os quartos, as áreas comuns da concentração.

A alegria dos brasileiros foi reforçada por cubanos, colombianos, argentinos, alguns dos convidados estrangeiros que também desembarcaram ontem na Vila.

POLÊMICA

Os atletas que já chegaram - faltam os que disputam os Jogos Mundiais de Cegos em São Paulo - preferiram conferir se eram funcionais as rampas e os elevadores, já que muitos têm problemas de locomoção. E passaram ao largo de discussões entre a cartolagem. Em entrevista ao Estado, anteontem, o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Severino Neto, criticou postura do Comitê Organizador do Pan (CO-Rio), que não teria aproveitado a oportunidade de organizar competição tão importante para estimular política de inclusão social de atletas portadores de deficiência.

As acusações foram rebatidas por Carlos Arthur Nuzman, presidente do CO-Rio e do Comitê Olímpico Brasileiro. Em sua opinião, a inclusão social é missão do Comitê Paraolímpico.

O CO-Rio decidiu que haverá entrada franca em todas as instalações esportivas - exceto cerimônias de abertura e encerramento, destinadas a convidados -, lugares reservados para escolas que trabalham com portadores de deficiências, 50 ônibus adaptados para o transporte do público, distribuição a professores de cartilhas sobre a competição. Assim considera que cumpre sua missão.

http://txt.estado.com.br/editorias/2007/08/08/esp-1.93.6.20070808.20.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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