Organização ajuda artesãos |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde de 08/08/07 |
Organização ajuda artesãos
Artistas se unem em associações para aumentar vendas e gerenciar sua renda
SAULO LUZ, saulo.luz@grupoestado.com.br
O artesanato sempre foi visto como 'bico' e alternativa de complementação de renda para muitas famílias. A atividade, porém, vem se profissionalizando cada vez mais, transformando grupos de pequenos artesãos em microempreendedores.
É o caso de Meire Ramos Ferreira da Silva, 36 anos, artesã de Limeira do Oeste, cidade que fica no Triângulo Mineiro. Ela sempre trabalhou sozinha em casa, fazendo e vendendo artesanato para ajudar a pagar as contas da família. A situação mudou quando ela passou a integrar o Grupo de Artesanato Lineart, formado, em sua maioria, por mulheres que trabalham com agricultura familiar e que precisam complementar a renda de casa.
'No grupo, nós compartilhamos idéias, ajudamos umas às outras e produzimos mais e com maior qualidade', justifica Meire. 'Agora, além de comprar comida, o dinheiro também ajuda na aquisição do material escolar de meus três filhos', diz ela, que consegue mensalmente um valor próximo de um salário mínimo.
Para ampliar as atividades do Lineart, as artesãs estão participando de uma oficina de capacitação com o empreendedor carioca Renato Imbroisi. Desde 1985, Imbroisi usa o o artesanato como ferramenta para transformar comunidades brasileiras. Ele desenvolve trabalhos de orientação e capacitação em comunidades de todo o País, estimulando a arte local e as iniciativas de cadeias produtivas, promovendo a inclusão social e a distribuição de renda.
'O resultado e o impacto em cada comunidade varia de acordo com o que identificamos nas lideranças regionais ', explica Renato, que está ensinando os artesãos a trabalharem com materiais típicos da região, como bagaço-de-cana e fibras de banana. Nas mãos de artesãos como Meire, esses materiais se transformam em fruteiras, luminárias, bordados e peças de costura e tecelagem.
Exposição
Fazer parte de um grupo de artesãos também mudou a vida da dona de casa Glaucemaria da Silva Rodrigues, 40 anos, moradora do Taguatinga, no Distrito Federal. Ela é artesã há 12 anos, mas os resultados de seu negócio só começaram a melhorar quando passou a fazer parte do grupo de bordadeiras da Associação Flor do Ipê. 'Quando trabalhava sozinha, conseguia R$ 200 ou R$ 300. Como na associação temos muitas pessoas trabalhando, a produção e as vendas também sobem. Hoje, cada artesã tira entre R$ 700 e R$ 800', conta. 'Trabalhar em grupo nos deu muito mais confiança.'
Os produtos desenvolvidos nas oficinas coordenadas por Renato Imbroisi e pela Associação Flor do Ipê serão expostos e vendidos na 12ª edição da Paralela Gift, feira que ocorre de 15 a 19 de agosto no São Paulo Arena (Rua Coropés, 88, Pinheiros, Zona Oeste).
FEIRA EM SÃO PAULO
>Os produtos desenvolvidos nas oficinas coordenadas por Renato Imbroisi e pela Associação Flor do Ipê serão expostos e vendidos na 12ª edição da Paralela Gift, feira que ocorre de 15 a 19 de agosto no São Paulo Arena (Rua Coropés, 88, Pinheiros, Zona Oeste).
MERCADO
>Há no Brasil cerca de 8,5 milhões de artesãos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
>Estima-se que o setor movimente R$ 28 bilhões de reais, o que corresponde a 2,8%
do Produto Interno Bruto (PIB)
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Jornal Folha de São Paulo
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