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Raposas em pele de ovelha


Publicado no Site do Jornal da Tarde em 13/08/07

Raposas em pele de ovelha
A volta de desenhos de sucesso nos anos 70 e 80 reativa a discussão. Seriam eles tão ingênuos assim?

BRUNA FIORETI, bruna.fioreti@grupoestado.com.br

Tome como ponto de partida o site Desciclopedia (desciclo.pedia.ws) ou invente você mesmo uma conspiração. Não é preciso ter base científica, mas o exercício de criar uma história requer coerência. O tema é a volta em DVD de alguns dos principais desenhos animados que fizeram sucesso nos anos 80, como He-Man e Thundercats. A inspiração pode ser a hipótese diabólica sobre o final de A Caverna do Dragão. Só não leve a conspiração muito a sério.

Tudo pode não passar de especulação. Teria o criador de Os Smurfs pensado nos cogumelos como algo mais que o lar dos homenzinhos azuis? Há quem jure que sim. A internet colabora para disseminar dúvidas como essas “porque é um terreno fértil para todo tipo de idéia de ‘jerico’”, conforme avisa Edson Aran, autor do livro Conspirações - Tudo o que não querem que você saiba (Geração Editorial, 2004).

Inocência perdida

Segundo o escritor, nenhuma das teses é inocente. “Toda conspiração tem como objetivo manipular ou prejudicar alguém. Mesmo quando a conspiração é falsa, o que é comum, o inventor da conspiração, também queria macular outrém. De onde se conclui que toda conspiração é verdadeira, mesmo quando é falsa.”

No caso de A Caverna do Dragão, por exemplo, Aran alerta que a conspiração em si estaria não no fato de os garotos estarem no inferno sob a tutela do Mestre dos Magos, mas na intenção de se criar essa trama. Complicados, os “conspirólogos”.

No campo da Ciência, os boatos sobre os desenhos são tomados com mais cautela. Estudioso do Laboratório de Pesquisa sobre a Infância Imaginária de Comunicação (Lapic), da USP, Alexandre Dias Paza diferencia a leitura científica das ideologias do desenho animado da mera especulação. “Muitas vezes o que se cria é apenas fábula em torno do desenho”, diz.

E para os saudosistas dos anos 80 que consideram suas animações prediletas perseguidas por desocupados, Paza conta que a boataria atinge todas as gerações de desenhos. Teletubbies, Pokemon e Bob Esponja não escaparam. Mas os desenhos de 20 anos atrás carregam, claro, a ideologia da época. “Havia o contexto de Guerra Fria, de divisão do mundo entre bons e maus, que acaba tendo referência nos desenhos”, complementa ele.

Mas aqueles desenhos eram bons, não? O professor discorda. “He-Man, por exemplo, é esteticamente fraco e trata tudo de maneira muito simplista.” Os Smurfs e Thundercats, na opinião do pesquisador, pelo menos inovaram do ponto de vista estético. Paza mesmo explica que essas análises pouco interessam para as crianças que assistem. Assim como é difícil adivinhar o que está por trás da mensagem, nunca se sabe como elas vão recebê-la, ele alerta.
Ao leitor que ficou com a pulga atrás da orelha, resta apenas continuar com ela. Por mais absurdas que sejam, as teorias conspiratórias têm um fundinho de verdade. Ou não... Aran, especialista no tema, resigna-se: “A conspiração perfeita jamais é descoberta”.


SCOOBY DOO
Algo mais que o cão falante

>Considerada a série de desenhos com maior número de episódios, ‘Scooby Doo’, foi criado em 1969. Hoje exibido pelo SBT, o desenho por si só é cheio de conspirações. Afinal, a turma de Salsicha e seu cão falante investiga casos de fantasmas, múmias e afins - todos sempre farsantes. A mensagem ali é clara: os vilões invariavelmente são presos e dizem: “Teria conseguido se não fossem aqueles garotos...”

Pobres deles, são alvo de boatos. Circulam na internet teorias como a de que Salsicha é “maconheiro” e fica cheio de paranóias, daí ser tão medroso e faminto. E o que dizer do dog
alemão que dá nome ao desenho? É um cachorro que fala, não conseguiram inventar nada mais absurdo.

THUNDERCATS
Lion é, ele mesmo, os EUA

>Outro candidato a voltar ao cinema na onda oitentista é o desenho ‘Thundercats’, animação que se passa num universo cheio de mutantes de homem com felinos. A ideologia do desenho, há quem garanta, está personif

http://txt.jt.com.br/editorias/2007/08/13/var-1.94.12.20070813.2.1.xml

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