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Brasil entra na era do robô-cirurgião


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 14/08/07

Brasil entra na era do robô-cirurgião
Dois hospitais de São Paulo compraram supercomputador que permite ao médico operar sem tocar no paciente

Ricardo Westin

Ainda neste ano, brasileiros começarão a ser operados sem que sejam tocados pelos médicos. Quem utilizará os bisturis e as pinças serão robôs, comandados de longe por cirurgiões. Esses supercomputadores marcarão a entrada do Brasil na era da cirurgia robótica.

Mais informações no site

Os primeiros robôs foram importados pelos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, de São Paulo. Começarão a operar assim que o equipamento receber o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não deve demorar, pois a tecnologia Da Vinci - esse é o nome comercial - já está em uso, segundo o fabricante americano, em mais de 300 hospitais dos cinco continentes.

O supercomputador se divide em duas máquinas. A primeira é o robô propriamente dito, com quatro braços finos e longos. Na ponta de um deles, há uma câmera. Na ponta dos outros três, as pinças cirúrgicas. No corpo do paciente são abertas minúsculas incisões, de cerca de 1 cm, por onde entram os braços.

A segunda máquina é uma espécie de controle remoto, operado pelo cirurgião. O médico vê o corpo do paciente num visor e comanda o robô usando uma luva especial. Cada movimento é fielmente imitado pelo computador.

À primeira vista, parece uma videolaparoscopia com auxílio de computador. De fato, a operação robótica tem todas as vantagens das cirurgias minimamente invasivas. Como o bisturi não faz grandes cortes, a perda de sangue é menor, o organismo fica menos exposto a bactérias que causam infecções e a recuperação é rápida e menos traumática.

Mas a operação robótica vai além. É muitíssimo mais precisa: a máquina imita os movimentos do cirurgião anulando os tremores naturais da mão humana; o médico pode ver o órgão operado em zoom; e a imagem é tridimensional, diferentemente do monitor de TV da videolaparoscopia, que fornece imagens em duas dimensões, ou seja, sem a profundidade.

COSTELAS INTACTAS

Atualmente, o Da Vinci é usado principalmente em cirurgias urológicas, cardíacas, ginecológicas e gástricas. Mas a tendência é que seu uso seja ampliado, como ocorreu com a videolaparoscopia, inicialmente utilizada apenas na retirada da vesícula. “No futuro, as cirurgias com robô deverão acabar com as laparoscópicas”, prevê Miguel Srougi, urologista no Hospital Sírio-Libanês e professor na USP.

Com o robô, o médico consegue chegar ao coração para fazer uma ponte de safena sem abrir o peito do paciente nem serrar o osso que une as costelas.

Na correção de um estreitamento de ureter (canal que liga o rim à bexiga), o cirurgião retira o pedaço com defeito e “costura” uma ponta normal à outra. O zoom do robô permite que isso seja feito com fios extremamente finos, o que a laparoscopia não consegue. É um avanço importante, pois uma sutura mal feita pode permitir a saída de urina e, assim, levar a um novo estreitamento do ureter.

Na cirurgia de retirada da próstata, o zoom do robô permite ao médico enxergar os nervos ligados à ereção e evitar que sejam extirpados juntamente com o órgão. Na cirurgia tradicional, há maior risco de o paciente ficar sexualmente impotente.

Os braços do robô conseguem repetir todos os movimentos da mão humana - são mais versáteis que as pinças da laparoscopia - e em diferentes escalas. Numa microcirurgia, é interessante que a máquina avance 1 mm cada vez que o médico mexer 5 cm.

Outra vantagem é o fato de o médico trabalhar com mais conforto. “As operações podem durar horas”, diz Riad Younes, diretor clínico do Sírio-Libanês. “O equipamento nos permite trabalhar sentados, com os braços apoiados. É menos desgastante.”

Médicos dos hospitais paulistanos acabaram de chegar dos EUA, onde testaram o Da Vinci durante três dias. “É mais fácil aprender a fazer a cirurgia robótica do que a videolaparoscopia”, compara o urologista José Roberto Colombo Jr., do Albert Einstein. No caso da laparoscopia, um cirurgião se sente seguro depois de mais ou menos 80

http://txt.estado.com.br/editorias/2007/08/14/ger-1.93.7.20070814.14.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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