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Cientistas desvendam guardiã da memória


Publicado no Site da Globo.com em 16/08/2007

Cientistas desvendam 'guardiã da memória'

Pesquisadores identificam proteína essencial para a preservação das lembranças.
Tal qual uma máquina, ela não pode nunca parar, ou a memória 'trava'.
Marília Juste

Por muito tempo cientistas acreditaram que a memória de longo prazo era uma espécie de mensagem entalhada em pedra: difícil de apagar. Agora, pesquisadores israelenses revelam que a coisa pode não ser bem assim. Bastaria uma pequena proteína parar de funcionar e pronto, nossas lembranças sumiriam. Essa “máquina" guardiã das recordações não pode nunca parar de funcionar, ou a memória, como em um computador, “trava”.

Mexendo apenas nessa proteína, chamada de PKMzeta, e sem danificar qualquer outra estrutura do cérebro, os pesquisadores do Instituto Weizmann conseguiram apagar memórias de longo prazo em ratos de laboratório. Bastou a aplicação de uma substância que “trava” a máquina da memória, e pronto, as cobaias esqueciam que um alimento comido anteriormente fez mal e comiam de novo.


A substância inibidora não teve qualquer efeito sobre as novas memórias armazenadas. Se ela era administrada antes do primeiro contato do animal com o alimento nocivo, ele era capaz de aprender a evitá-lo. A intervenção dos cientistas agia apenas nas lembranças antigas.


Segundo o líder do estudo, Yadin Dudai, a droga é uma “versão molecular do ato de emperrar uma máquina.”

A descoberta, publicada na prestigiada revista “Science” desta semana, mostra que as memórias estabelecidas há muito tempo não estão tão seguras como os cientistas pensavam anteriormente. Longe de serem uma inscrição em pedra, elas são mais um processo contínuo que precisa ser constantemente abastecido. “Quando a máquina pára, a memória também pára”, diz Dudai.

O estudo é especialmente importante para o entendimento, e o tratamento, de doenças que afetam a memória, como o mal de Alzheimer. Sabendo como as lembranças desaparecem, poderemos fazer o movimento contrário e fortalecer a memória. Por enquanto, algo do tipo ainda está muito distante, pois o procedimento é invasivo demais para ser testado em humanos. Mas, no futuro, poderemos ter remédios novos e melhores, promete a equpe de Dudai.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL89269-5603,00.html

Revista Science

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