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Pinacoteca revê a arte da Missão Francesa


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 20/08/07

Pinacoteca revê a arte da Missão Francesa

Paulistanos têm a chance de ver a produção do século 19, mais conhecida pelas reproduções nos livros escolares

Maria Hirszman

Ao mesmo tempo célebre e desconhecida, a presença da Missão Francesa no País é tema da mostra que a Pinacoteca do Estado exibe, contribuindo para uma reflexão mais ampla sobre as artes no Brasil do século 19 e a busca de uma melhor compreensão sobre a fisionomia particular assumida pelo neoclassicismo local. Afinal, todo mundo sabe que ela ocorreu, leu sobre ela nos livros escolares, viu as reproduções das obras de seu representante mais célebre, Jean-Baptiste Debret, mas não são freqüentes as oportunidades para o público paulistano de ver de perto essa produção.

A exposição tem caráter bastante genérico, reunindo mais de 70 pinturas, gravuras, esculturas e projetos arquitetônicos de autoria dos representantes da missão - que chegaram aqui em 1816 a convite de d. João VI com o objetivo de 'civilizar' a colônia que, de um momento para o outro, se tornara sede da coroa no exílio - e de seus primeiros discípulos brasileiros. Vários são os autores contemplados, com destaque para uma sala dedicada na íntegra aos projetos arquitetônicos de Auguste Henri Victor Grandjean de Montingy e a inquestionável importância de Debret nesse cenário, não apenas como artista mas como elemento catalizador de uma nova dinâmica no cenário cultural da corte.

Além dessas duas figuras proeminentes, a mostra traz ainda uma série de obras assinadas pelos irmãos Marc e Zepherin Ferrez, Nicolas Antoine Taunay e Charles Simon Pradier, todas pertencentes à coleção do Museu Nacional de Belas Artes. Há também a preocupação em situar essa produção no contexto local, trazendo para a seleção vários exemplos da produção desenvolvida pela primeira geração de artistas formada pelos franceses, ainda fortemente pautada pelos princípios do ideário romântico, entre os quais se destacam Manuel de Araújo Porto-Alegre e o escultor Francisco Manuel Chaves Pinheiro.

Para o curador Pedro Xexéo, que assina o projeto com Laura Abreu e Mariza Dias, o objetivo é duplo: demonstrar o legado da Missão Francesa do ponto de vista formal e cultural, segundo ele com uma influência benéfica sobre a produção artística local, e contapor-se à tese do movimento neocolonial, defendida pelo modernismo, de que sua chegada interrompe um processo interno de desenvolvimento das artes vinculado ao barroco.

Missão Artística Francesa - Coleção Museu Nacional de Belas Artes. Pinacoteca do Estado. Praça da Luz, 2, metrô Luz, tel. 3324-1000. 3.ª a dom., das 10 h às 18 h. R$ 4 e R$ 2 (meia); sáb., entrada franca. Até 30/9



http://txt.estado.com.br/editorias/2007/08/20/cad-1.93.2.20070820.11.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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