Saúde nas escolas municipais |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde de 21/08/07 |
Saúde nas escolas municipais
A reação dos especialistas - que não poupam elogios à iniciativa, embora chamem a atenção para os seus limites - indica que a Prefeitura acertou ao adotar a avaliação médica dos alunos da rede municipal, dentro do programa Aprendendo com Saúde, como mostra reportagem publicada recentemente pelo Jornal da Tarde.
Uma parceria entre as secretarias municipais de Educação e Saúde possibilitará a volta, de forma aperfeiçoada e mais abrangente, de avaliação semelhante que já existiu na rede pública. Todos os anos, daqui para a frente, os alunos das escolas municipais - que hoje somam 1,1 milhão - serão examinados por 13 equipes formadas por médicos, psicólogos e assistentes sociais. O trabalho delas, em cada escola, durará uma semana, quando, além dos exames, será atualizada a vacinação e serão feitas palestras para os pais. Os alunos que precisem de tratamento terão consulta marcada com especialistas na hora.
Os principais problemas identificados em teste realizado em 8 escolas do Itaim Paulista, na Zona Leste, do qual participaram 2 mil alunos, são desnutrição, alterações na fala e na audição e obesidade. O secretário da Educação, Alexandre Schneider, lembra que os problemas de fonoaudiologia afetam gravemente o aprendizado: “Muitas vezes a origem da dificuldade de aprender a ler e escrever é justamente essa.” Como observa a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Fernanda Dreux, que apóia o programa, a sala de aula é o primeiro lugar onde os sintomas aparecem. A superação dessa e outras dificuldades dos alunos, pelo diagnóstico e tratamento assegurado pelo serviço de saúde do Município, representará um ganho de qualidade para o sistema escolar. Deve-se considerar também que esse tipo de assistência médica será mais um estímulo para as famílias carentes manterem os filhos na escola, a exemplo do que já ocorre com a merenda.
Outro especialista que elogia a iniciativa da Prefeitura é o chefe do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria, Paulo Mattos. Mas sua sensata advertência sobre a necessidade de não se criar expectativas exageradas com esse programa - “O sucesso escolar não depende só do médico” - deve ser levada em conta por pais e educadores, para evitar frustrações.
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Jornal da Tarde
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