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Homem pode ter entrado na Europa pelos Bálcãs


Publicado no site Terra.com em 23/08/07

Homem pode ter entrado na Europa pelos Bálcãs

Os Bálcãs podem ter sido a porta de entrada dos primeiros homens na Europa e não o Estreito de Gibraltar, como defendem algumas hipóteses. Uma equipe de 20 arqueólogos búlgaros e franceses está tentando demonstrar esta teoria depois de 11 anos de escavações e pesquisas na caverna de Kozarnika, no noroeste da Bulgária.
A descoberta nesta região montanhosa de indícios de atividade humana num período que remonta entre 1,4 e 1,6 milhão de anos põe em dúvida as teorias sobre a época e o lugar da aparição do homem na Europa. Segundo as teorias atuais, os ancentrais pré-históricos dos europeus chegaram ao sul da Europa pela África, cruzando o estreito de Gibraltar ou o Canal de Sicília há cerca de 800 mil anos.

Mas segundo o chefe da equipe de arqueólogos do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRC), o francês Jean-Luc Guadelli, o território da atual Bulgária seria também "uma rota perfeitamente natural". Vindo da África, o homem pré-histórico poderia ter alcançado esta parte do continente "muito facilmente, contornando a costa mediterrânea através do Bósforo e depois subindo pelo Danúbio, passando pelas gargantas das Portas de Ferro (entre a Romênia e a Sérvia)", disse Guadelli.

Desta maneira, o homem pré-histórico poderia, em sua busca por alimentos e por um clima mais suave, ter entrado na Europa pela Bulgária, defendeu Jean-Claude Leblanc, da Universidade de Toulouse. "Temos que mudar nossos esquemas conceituais", disse Guadelli. As hipóteses atuais foram estabelecidas "no século XX na Europa ocidental, baseando-se no rico material arqueológico encontrado nesta região", disse o investigador da Academia Búlgara de Ciências, Nikolay Sirakov.

As informações só vinham de uma parte da Europa e "foram consideradas como válidas para todo o continente", afirmou Sirakov, que dirige a equipe junto com Guadelli. A caverna de Kozarviza, situada na área montanhosa nos arredores de Belogradchik, foi considerada durante muito tempo pelos arqueólogos como um lugar em que a atividade humana se remontava do paleolítico. Mas no passado, as escavações não eram possíveis por falta de investimento.

Restos de ossos com marcas de cortes, encontrados em Kozarnika, levaram os arqueólogos a acreditarem que os habitantes da gruta tinham a capacidade de formular pensamentos abstratos, já que provavelmente usavam estes cortes para contar. Estima-se que os ossos de animais em que estão os cortes realizados em linhas paralelas são da Idade da Pedra. Estas marcas são muito precisas para terem vindo de golpes dados nas presas, afirmam os arqueólogos.

No entanto, os pesquisadores continuam divididos sobre o fato de estes homens pré-históricos poderem ou não expressar abstrações.

AFP

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1849487-EI295,00.html

AFP

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