Jornal na aula de matemática |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde de 06/09/07 |
Jornal na aula de matemática
Professor usa reportagens para criar problemas e mostrar que a disciplina faz parte do dia-a-dia
Eleni Trindade, eleni.trindade@grupoestado.com.br
Entender que a Matemática não é apenas um amontoado de números, mas uma disciplina que faz parte do dia-a-dia das pessoas. Esse é o objetivo das atividades criadas pelo professor Natalino de Carvalho para algumas de suas aulas na rede pública. A partir de reportagens de jornal, ele elabora problemas matemáticos relacionadas aos conteúdos da disciplina. “Depois que passei a usar esse sistema, há 12 anos, não precisei mais explicar com tanta freqüência aos alunos para que serve a matemática, pois eles entendem que ela está no cotidiano de todas as pessoas”, diz ele. Natalino afirma que o aproveitamento das turmas às quais ele aplica as atividades tem sido positivo. “São temas do cotidiano abordados nos problemas e isso é um fator de motivação, mas não é em todas as salas que eu consigo aplicar o sistema, pois tudo depende do nível de cada classe.”
A 8ª série B da Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, localizada no Jardim Casa Grande, região de Parelheiros, Zona Sul, é uma das turmas em que o professor Natalino aplica as atividades. Cada aluno recebe uma cópia da reportagem para ler e entender melhor o assunto que ela trata. Após o esclarecimento de dúvidas, o professor apresenta os problemas de matemática criados a partir do assunto da reportagem. “Qualquer tema pode virar aula”, diz ele. “Essas atividades são indicadas para classes de 1ª a 8ª séries, basta adequar o assunto aos conteúdos”, completa.
Entre os exemplos, estão uma reportagem sobre metragem do campo de futebol, a partir da qual os alunos resolvem problemas sobre cálculo de área do retângulo e do círculo; uma notícia sobre o bolo do Bexiga, em que é possível calcular a quantidade de ingredientes usados para o prato e quantas pessoas poderiam consumi-lo ou ainda uma reportagem sobre regras criadas na Itália sobre o padrão que a pizza napolitana deve ter e, na seqüência, a proposta de resolver problemas sobre quantas pizzas um estabelecimento vende ao dia e ao mês, entre outros cálculos.
Na opinião de Thaís Silva dos Santos, aluna de Natalino, é uma boa forma de aprender matemática. “É mais fácil entender o assunto”, diz ela. Seu colega Diego da Silva Reinaldo concorda. “É uma forma interessante, pois os problemas são diferentes do que estávamos acostumados.”
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Jornal da Tarde
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