> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
A melhor idade do Masp


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 28/09/07

A melhor idade do Masp?
O Museu de Arte de São Paulo completa 60 anos e chega à terceira idade no dia 2 de outubro. Mas poderia estar em melhor forma

Nathalia Lavigne e Thais Caramico

Um museu de pernas para o ar. Poderia ser só a descrição do projeto de Lina Bo Bardi para o prédio do Museu de Arte de São Paulo, mas é um pouco também como se escreve a própria história da instituição. O rico acervo, tão admirado que parte dele é emprestada a museus de todo o mundo, foi formado com o faro e o conhecimento artístico de Pietro Maria Bardi e vale um bilhão de reais. Mas só graças ao talento quase artístico do empresário Assis Chateaubriand para a chantagem e as ameaças é que os Goyas, Renoirs e Ticianos foram parar ali. É o principal museu da América Latina, mas quase ficou sem luz em 2006. Ponto de referência para os paulistanos, cartão-postal para todos os brasileiros, o Masp chega em crise aos 60 anos. Mas, à luz de sua história ou à sombra de seus problemas, sempre pode ser visto como uma obra-prima do chiaroscuro.

AGORA É POR TEMA A NOVA MUSEOGRAFIA

Renovar ‘o visual’ costuma cair bem para quem faz aniversário. Em seu 60º ano, por iniciativa do curador Teixeira Coelho, o Masp será repaginado e seu acervo será organizado de outro jeito. Antes separadas por períodos e escolas, a museografia agora será disposta por tema. Desde que assumiu a curadoria do museu, Coelho costuma dizer que o Masp não deve “se entrincheirar” atrás de suas obras clássicas e que é preciso mais espaço para a arte contemporânea. Por enquanto, apenas ‘O Mito da Arte’, primeira de quatro exposições temáticas, está pronta e será inaugurada no dia 3, quarta-feira. As próximas serão montadas ao longo do ano comemorativo. ‘A Natureza das Coisas’ vai reunir paisagens e naturezas-mortas a partir de novembro; ‘Olhar e Ser Visto’ terá retratos da coleção a partir de janeiro, e ‘Arte Religiosa’ finaliza a montagem em abril de 2008.
Masp. Av. Paulista, 1.578, 2º andar, 3251- 5644,. 11h/18h (5ª, até 20h; fecha 2ª). R$ 15.

ARTE NARRADA
CINQÜENTA OBRAS SOBRE O MITO

A novidade da exposição ‘O Mito da Arte’ não são as obras - apesar de muitas delas ressurgirem de um período sabático na reserva do museu. Já a leitura do acervo de forma temática (que começa nesta exposição) nunca havia sido feita em nenhum museu brasileiro. “Procurei ligar obras de períodos e estilos diversos em um fio narrativo”, diz o curador Roberto Carvalho de Magalhães, que hoje mora em Florença e trabalhou com Pietro Maria Bardi, que dirigiu o Masp por 45 anos. Foi esta familiaridade que o permitiu explorar a diversidade de obras do acervo que tratam diretamente do tema como também fazer associações mais complexas. Na última seção da mostra, que retrata o declínio do mito, aparecem obras como ‘Banhista Enxugando a Perna Direita’, de Renoir, escolhida para mostrar como os impressionistas abandonaram o tema, mas continuavam retratando a figura feminina da mesma maneira.

2 de outubro de 1947, uma noite para impressionar

Na noite de 2 de outubro de 1947, as “destacadas personalidades” (como aparece na manchete do jornal da foto) que chegavam à pinacoteca de um edifício inacabado da Rua Sete de Abril não eram recebidas por anfitriões menos ilustres. Além do influente Assis Chateaubriand e do refinado Pietro Maria Bardi, estavam lá Fernando VII, rei da Espanha, e São Francisco de Assis - figuras representadas nas pinturas de Goya e Portinari, respectivamente.

Um acervo com cerca de 200 obras, que já incluía telas de mestres renascentistas como Botticelli (representado pela pintura ‘Virgem com o Menino e São João Batista Criança’), foi mais do que suficiente para impressionar membros da sociedade paulistana que visitaram o museu naquela primeira inauguração, há exatos 60 anos - entre eles, o empresário Ciccillo Matarazzo. Considerando que Bardi e Chatô já tinham formado a maior parte do acervo do museu até 1956, quem freqüentou a antiga sede do Masp pode não ver tantas obras diferentes hoje - a admiração e surpresa de então eram maiores. “O Masp era a grande sensação.

http://www.estado.com.br/suplementos/guia/2007/09/28/guia-1.93.17.20070928.109.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader