Brasileiro está estudando mais, revela IBG |
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Publicado no Site da Globo.com em 28/09/2007 |
Brasileiro está estudando mais, revela IBGE
A média de estudo do brasileiro passou de 5,7 para 7,2 anos.
Dados estão na Síntese dos Indicadores Sociais 2007.
Simone Harnik
O brasileiro está passando mais tempo na escola do que passava em 1996. Num período de uma década, a média nacional de tempo no estudo aumentou de 5,7 anos para 7,2 anos entre pessoas com 15 ou mais anos de idade. Mas isso não significa que o brasileiro virou “nerd” nem de longe. Nesse período, o ensino fundamental ganhou um ano a mais, passando para nove anos – ou seja, a média da população ainda não chegou ao ensino médio.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ) e fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais 2007, que utiliza informações sobre a população nos anos de 1996 e 2006.
Segundo o estudo, de 1996 a 2006, houve um aumento do número de estudantes do ensino fundamental que freqüentavam a série correspondente à sua idade. Em 1996, 43,9% dos alunos estavam atrasados na escola. Dez anos depois, esta proporção caiu para 25,7%. O IBGE avalia que isso ocorreu devido à adoção da progressão continuada (aprovação automática) em mais de 10% da rede pública de ensino.
O IBGE analisou o aumento dos anos na escola entre as diferentes faixas etárias. Para as crianças de até 11 anos, o tempo aumentou de 2,6 para 3,4 anos – nessa idade, o recomendado seria ter quatro anos completos no colégio.
Com 15 anos, o jovem deveria ter passado oito anos de estudo completos e a média nacional foi de 6,5 anos em 2006. Em 1996, a permanência era de apenas 5,2 anos e o jovem concluía o ensino fundamental com idade de 18 anos.
Foi constatado, em 2006, que a média de anos na escola para os jovens entre 20 e 24 foi de 9,1 anos – o que é suficiente para completar o ensino fundamental. Mas o grupo de 25 a 59 anos, de adultos, não foi tão estudioso assim: a permanência nas instituições de ensino foi de 7,4 anos. Entre os idosos, com idades a partir de 60 anos, a média geral foi de 3,8 anos de estudo.
Mulheres são mais estudiosas
Seja nas cidades ou no campo, seja entre a população que tem empregou ou a que procura, a mulher passa mais tempo na escola do que o homem no Brasil, segundo mostra o estudo. Nas cidades, a mulher passa, em média, 7,4 anos na escola, e o homem passa 7,2. Na zona rural, o sexo feminino ganha por uma diferença de meio ano: as mulheres ficam 4,5 anos na escola, e os homens, 4.
No Distrito Federal, a escolaridade atinge seu mais alto índice entre as mulheres que têm ocupação: elas passaram, em média, 10,4 anos freqüentando as salas de aula.
A condição social interfere?
A média de tempo de estudo é muito diferente conforme a condição social e econômica, segundo revelam os números. Para os 20% mais ricos a média de estudo era de 10,2 anos e entre os 20% mais pobres, a média foi de apenas 3,9 anos de estudo.
Há diferenças também no tempo de permanência no colégio entre as diferentes cores ou raças. Em 2006, os brancos com 15 anos ou mais tiveram 8,1 anos de estudos e os pretos e pardos tiveram 6,2.
No Brasil, em 2006, apenas 8,6% da população conseguiu completar o ensino superior. Dentro desse grupo, 78% eram de cor branca, 3,3% de cor preta, e 16,5% eram pardos. Mais de 12% dos brancos haviam concluído a faculdade, contra apenas 4% de pretos e pardos.
No ensino superior, 76,4% dos estudantes cursavam a rede particular e 23,6%, a rede pública, em 2006. Vale notar que, 54,3% dos que faziam universidade pública pertenciam aos 20% mais ricos do país.
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL112908-5604,00.html
Globo.com
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