2º idioma ajuda criança a organizar o cérebro |
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Publicado pelo Portal UOL Notícias no dia 24/10/2007 |
Estudo: Segundo idioma ajuda criança a organizar o cérebro
Da redação
E mais: criança não precisa ser ensinada ela aprende; como escolher uma boa escola; idade ideal para aprender
Educadores são unânimes em dizer que dos 3 aos 5 anos a criança está com todas as janelas abertas para o conhecimento. Quanto mais cedo ela é estimulada a aprender, melhor, ainda mais no campo da linguagem.
Segundo um estudo publicado pela revista científica britânica Nature, o domínio de um segundo idioma desenvolve e potencializa a parte do cérebro ligada à fluência verbal e com especial incidência nas crianças. O relatório, chefiado pela médica Andrea Mechelli University College London, foi realizado com 25 crianças britânicas que falavam somente inglês, e o mesmo número de indivíduos bilíngües, que tinham aprendido outro idioma europeu antes dos cinco anos.
A pedagoga Glória Varella garante que depois de algum tempo de exposição à língua, muitos alunos já são capazes de identificar palavras e estruturas em letras de música no rádio e diálogos de filmes.
O cérebro da criança pequena está em contínua transformação, estabelecendo sempre novas conexões baseadas nos estímulos recebidos. Da mesma maneira, o aparelho fonético da criança pequena é capaz de reproduzir os mais diversos sons. À medida que a criança cresce, essa facilidade tende a diminuir e se restringe a reproduzir apenas os sons da língua materna.
Criança não precisa ser ensinada, ela aprende
Segundo Glória, “A criança não é ensinada; ela aprende. A nós, cabe apenas criar o ambiente propício. Este ambiente, ao contrário dos ambientes de adultos, que tendem a ser conceituais e abstratos, deve ser material e concreto, com amplo espaço para improvisação e criação. No plano psicológico-afetivo deve haver uma conexão forte entre aprendiz e facilitador. Este deve saber desempenhar seu papel mais de assistente e menos de líder, abrindo espaço nos momentos em que o aprendiz se predispõe a assumir a liderança”, revela.
Como escolher uma boa escola?
A escola deve demonstrar o conhecimento e preocupação com o aspecto psicológico-afetivo do ambiente de aprendizado e isso nada tem a ver com o material didático. É preciso também entender a hipótese acquisition learning de Stephen Krashen (especialista em linguística da Southern California University). Ou seja, a linguagem é um elemento de relacionamento humano e todos desenvolvem proficiência em línguas estrangeiras mais através de “acquisition”(desenvolvimento de habilidades através da assimilação natural, intuitiva, inconsciente, em ambientes de interação humana) do que de “learning” (estudo formal - memorizar informações e transformá-las em conhecimento através de conhecimento intelectual), especialmente para crianças. Portanto, línguas poderão ser aprendidas mais do que ensinadas, se houver o ambiente apropriado. O elemento fundamental são as pessoas que o compõem.
Melhor idade
“Muitos pais questionam se o aprendizado de uma segunda língua nessa fase não compromete a identidade da criança. Ao contrário, a exposição a outros idiomas e outras culturas só reforçaria a sua identidade. É importante formar um cidadão universal", explica a pedagoga. Ela só faz uma ressalva: a criança que começa a aprender um idioma aos 3 anos não deve ter o aprendizado interrompido. Caso contrário o trabalho será perdido.
As crianças que são expostas a partir da primeira infância a um segundo idioma crescem adquirindo as duas línguas compartimentadas, não existindo o risco de contaminação linguística. Por este motivo é recomendável começar o mais cedo possível, e sobretudo de uma forma divertida. A habilidade diminui após os 12 anos de idade.
http://www1.uol.com.br/vyaestelar/ingles_criancas.htm
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