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Rede pública: 42% de docentes satisfeitos


Publicado no Portal Folha Online do dia 31/10/2007

Rede pública tem 42% de docentes satisfeitos
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FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

Apesar das reclamações sobre salários, jornadas extensas e classes superlotadas, 42,4% dos professores da rede pública do país se dizem satisfeitos com suas condições de trabalho. A conclusão é de um estudo da OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos), a ser apresentado hoje, em São Paulo.

Para o levantamento, foram entrevistados 3.584 docentes do ensino fundamental, das redes pública e particular de sete Estados (incluindo São Paulo).

Se considerados os sistemas público e privado, o percentual de satisfação sobe para 56,9%.

"O nível de satisfação na rede pública é surpreendente", afirmou à Folha a pesquisadora Maria Tereza Perez Soares, coordenadora do estudo (financiado pela Fundação SM).

"O número mostra um lado que a gente não vê. Talvez a impressão que temos da situação dos professores venha da parte corporativa [sindicatos e confederações], o que pode não refletir a situação de boa parte dos professores", completou.

A presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Juçara Dutra Vieira, discorda. "Nas condições adversas que temos, o que anima os educadores é a satisfação com o trabalho, a relação com os alunos."

A professora da rede estadual paulista Fátima Varuzzi, 49, se diz satisfeita com seu trabalho. "O amor que tenho pelos alunos supera dificuldades como salário e falta de funcionários", disse ela, que leciona na zona norte de São Paulo.

"Mas acho que vai melhorar com os concursos", completa, referindo-se à intenção do governo estadual de preencher 2.545 cargos de secretário de escola e de selecionar 12 mil professores-coordenadores.

A coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Angela Soligo, diz que pesquisas com um grande número de entrevistados, em que as opções de resposta têm de ser determinadas, pode tornar o resultado impreciso. "Aquele professor que está mais ou menos satisfeito pode ter escolhido a opção satisfeito", disse.

Um estudo como esse, afirma, "não pode ser encarado como verdade absoluta, mas sim um indicador a ser investigado com pesquisa qualitativa".

Na rede privada, a pesquisa mostrou que 71,1% estão satisfeitos. O índice é maior do que na Espanha, onde foi de 62,5% (estudo semelhante foi feito naquele país em 2006).

"O brasileiro, em si, é mais otimista", afirmou o secretário-geral da OEI, Álvaro Marchesi, que é espanhol.

"E a Espanha está passando por situações novas, como aumento no número de imigrantes e maior disputa com outros países europeus. São situações novas para os professores, que podem ter interferido."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u341358.shtml

Folha Online

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