Menção Honrosa - Conto
“A submissa”, de Maria de Fátima Lucena de Oliveira Totoli
(E.E. Profa. Clarice Costa Conti; D.E. Americana; Americana)
A submissa
Eu sou uma pessoa triste? Vou lhe falar o motivo de minha tristeza. Não sei porque me veio essa vontade de falar isso agora. Eu preciso contar isso para alguém, compreende? Não me pergunte porque choro muito. Sempre fui chorona. Meus filhos sempre me disseram isso. Mas foi Deus e esse choro que me deram forças. Ai, meu Deus! Meu olhar é triste? Não tenho sorriso? Minha tristeza reflete na alma dos meus olhos? Você vê? Percebe? Ai meu Deus, já estou chorando. Ah, que choro triste devorador. Minha alma se consome quando choro, mas fica lavada. Minha mãe também chorava muito junto comigo. Sofremos juntas. Ela morreu do coração. Passou muito desgosto na vida. Por isso morreu do coração. Acho que vou morrer do coração também. Tenho muito desgosto na vida, compreende? Não me pergunte por que estou aqui neste lugar. Ninguém percebe meu sofrimento. Sou doente. Sempre tive muito medo de morrer e deixar meus filhos. Não quero morrer agora. Sempre vou ao médico. O dr. Ricardo sabe do meu sofrimento. Ele me disse que não tenho doença. Mas estou aqui neste lugar. Ele também me disse que não devemos guardar desgosto. Como posso? Todos dizem que não tenho doença. Mas sinto uma dor no peito. Tomo muitos remédios, sou nervosa, muito nervosa, compreende? Por isso dizem que eu choro muito. Qual o motivo do meu desgosto?
O pão era fresquinho. Todas as tardes o jipe chegava cheio de pão para entregar na venda o lado. A cidade que eu morava não tinha padaria. Eu não tinha nenhum tostão cego ou furado para comprar daquele pão. O pãozinho doce, cheio de coco, quentinho. Meu menino ficava olhando e com os olhos, pedia pão. Ele nunca falava: moço me dá um pão! Eu nunca deixei meus filhos pedir nada a ninguém. O moço do pão adivinhava e dava muitos pães doces para o menino. Tente imaginar como era minha casa? Casa de taipa. Não sabe como é uma casa de taipa? É uma casinha de madeiras amarradas com cipó e tapada com barro. Eu tinha seis filhos e estava grávida do sétimo. A rua que eu morava era a cidade. Um buraco. Não tinha padaria. Não tinha hospital. Só uma farmácia, uma igrejinha e uma escolinha municipal. Tudo que a gente queria tinha que pegar um ônibus com horário marcado e andar quarenta minutos para chegar numa cidade que ainda não era grande. Por que estou aqui? Já lhe conto.
Eu tinha uma roça de mandioca. Colhia e fazia farinha para vender. Numa tarde o sol queimava na soleira e eu fui à roça. O menino tinha cinco anos. Ele queria porque queria ir comigo. Deixei a menina mais velha em casa cuidando dos outros. A casa era fria. Quando chovia a água escorria por dentro dela. Não tinha banheiro. A gente tomava banho e lavava roupa no rio. Até que era bom. Eu não esperava muita coisa do pai das minhas crianças. Todo dinheiro que pegava gastava nos botecos, nos jogos. Mas eu gostava de ficar casada com ele. Era bom dormir com ele. Ele era viciado em jogo e em mulher. Quando eu engravidava, ele não me queria mais. Falava que mulher prenha não prestava. Isso me dava muito desgosto. Eu ficava os nove meses sem saber o que era ter um marido. Ele ficava a semana inteira trabalhando na capital. A menina mais velha gostava quando ele ia embora pra capital. A capital era longe, três horas de viagem. Uma vez eu morei perto da capital. Tem mar perto. Eu vi o mar só uma vez. Não gostava de morar na capital. Tinha muitos assaltos, muitas crianças abandonadas. Sempre tive medo de ver meus filhos abandonados. Eu não queria criá-los naquele lugar. Havia muita poluição e casas de madeira sobre os rios e mangues.
Um sábado o pai das crianças chegou e eu estava debulhando feijão junto com elas, todos sentados no meio da sala da casa. Minha casa não tinha muitos móveis, a gente sempre estava mudando de lugar, de cidade. Almoçamos naquela hora que o pai chegou. Tinha um porco que eu criava que costumava vir comer dentro de casa. A porta da cozinha estava aberta, o porco entrou e chegou até à sala onde a gente estava almoçando. O menino que ganhava pão, começou a dar bolinhos de feijão para o porco, o pai brigou com o menino, mas sabe como é criança, não é? Não obedeceu, o pai pegou uma rama de feijão e bateu fortemente no menino. O menino ficou roxinho na hora. Mas escute: tem pai que não sabe que filho é filho, compreende? Basta conversar, uma dose de carinho e a criança já se entrega. Judia das crianças, mas hoje o tempo é outro, tudo muda, não é? Eu tinha medo, sabe como é? Ele ameaçava. O pai colocava algumas comidas dentro de casa e isso ia fazer muita falta. Eu tinha como fugir da situação? Só quem tem calo é que sabe onde ele dói mais. Sei que fui à roça naquele dia. Como já lhe disse, o sol ardia. O menino insistiu para ir comigo Levei-o. A roça era longe. Não tinha uma poça d’água no caminho. As casas eram distantes. Passamos muita sede naquele dia. O menino já chegou lá doente. Ele falava que não estava sentindo nada para não me preocupar. Fiz uma caminha com folhas de jaqueira e ramos de mato embaixo do pé de jaca. Deitei-o ali naquela caminha. Coloquei pouca carga no burro. Montei-o no meio da carga. Chegamos em casa, o pai já tinha chegado. Eu não esperava que ele já estivesse em casa. Ele sempre falava que ia chegar num horário e chegava noutro. O menino já foi logo falando:
– Pai compre um remédio para mim. Eu estou doente.
– O que você tem?
– Ah pai, estou com muita dor de barriga.
Percebi alguma coisa diferente na minha menina naquele dia. Estranhei. Mas achei que não era nada de mais Ela era a única menina que eu tinha. Os outros todos eram homens. A menina chorava. E percebi que ela estava com um dinheiro na mão. Ele a ameaçava, por isso ela ficava quieta, entende? Ficava quieta e só chorava. Perguntei porque ele deu aquele dinheiro pra ela. Achei muito estranho. Fiquei desesperada. Ele me falou que deu dinheiro pra menina parar de chorar. Mentira dele. Acalentei a menina. Mas percebi que ela ficou muito triste e a partir daquele dia a menina começou a ter muitos pesadelos. O menino? Ah, meu menino. Ai meu Deus! Não posso nem lembrar, mas já que me pede vou lhe contar. O menino perdeu as forças. Não tinha mais água no corpo. Percebi já de madrugada que estava desidratado. Fui atrás do pai que estava no bar bebendo e jogando. Trabalhava durante a semana e no final gastava tudo que ganhava, ia embora e me deixava sem nenhum tostão para comprar pão. O menino gemia. A madrugada chegou. O pai ainda estava bêbado. Fiz um café forte. Primeiro carro que surgiu foi a caminhonete do sargento. O pai pegou uma carona. O menino ainda vivia. O carro dobrou a ladeira, o pai percebeu que o menino deu o último suspiro. Eu ainda tinha esperança dele viver. Ai meu Deus, que dor grande foi aquela. Quando vesti meu menino para colocá-lo no caixão, as manchas do cipó estavam no corpo. Depois de uma semana, ainda estavam no corpo, compreende? Meu menino nunca mais pediu pão com o
olhar ao moço do jipe. Fiquei preocupada com os outros. Eu queria sair daquela casa. Daquele lugar, para não ver as lembranças do meu menino. Como já lhe disse, eu estava grávida. Você ainda está aí? Espere não vá embora que ainda tenho mais coisa para lhe contar. Você tem algum remédio aí? Sinto que preciso tomar algum remédio. Ai meu Deus, preciso de um calmante! Não quer mais me ouvir? É sempre assim, ninguém me ouve. É trágico o que falo. Vai me ouvir? Puxa, você é muito compreensiva! Graças a Deus! Não, não chame o médico. Eu prometo que vou parar de chorar. Obrigada, pelo calmante. Não fiquei mais morando naquela casa. Fui morar na cidade que meu menino foi enterrado. Ai, eu me lembro do enterro? Não quis nem saber onde o menino foi enterrado. Eu não quis ir ao enterro, compreende. Dói muito para uma mãe. Existe dor maior que a dor da separação pela morte? Existe? Logo em seguida outro menino adoeceu. Fiquei com ele internado durante vinte dias. Era meningite.
Nesse tempo nasceu o outro. Dei o nome de Antônio. Fiz promessa pra Santo Antônio, se meu filho nascesse com saúde daria o nome de Antônio. Sabe quem cuidava dele para eu ficar no hospital com o menino doente? Minha menina. Ainda ia fazer sete anos. O umbigo do menino caiu na mão dela. Mais ela me deu muita preocupação. Já lhe conto o motivo. A menina só vivia triste pelos cantos. Qualquer coisa chorava. O pai sempre dava dinheiro pra ela. Eu não queria entender o porquê. Não queria acreditar no que eu já imaginava que seria. Meu avô fez a mesma coisa comigo. Mas na inocência, achei que era normal aquilo, nunca falei nada pra ninguém. Depois que cresci é que comecei a entender as coisas, fiquei com muita vergonha. Mas pai é pai, não é mesmo? Ele não era de oferecer dinheiro para ninguém, assim à toa. Ai, meu Deus, minha menina. Você tem outro calmante? Não! Sinto sono. Mas vou terminar de lhe contar a história. Aquele monstro! Não imagina o que aquele monstro fazia com ela. É direito isso que aconteceu? Todos acham que sou louca quando conto essa história. É uma história de louco, não acha? Isso existe? Só acredito porque aconteceu comigo. Sou louca? Acho que é por isso que estou aqui neste lugar. Olha que paisagem bonita do outro lado da janela. Você vê? Eu não sou louca. Só choro de tristeza na alma. Por isso estou aqui. Mas espere, as rosas do outro lado da janela, elas morrem logo? Veja têm algumas murchas, outras muito vivas, olhe os botões de rosa. Minha menina era um botão de rosa. A menina começou a ficar murcha igual aquela rosa. Tinha desmaios. Não queria comer. Sempre que ela desmaiava, eu jogava água nela, ela acordava. Você deve estar se perguntando, ai meu Deus, lá vem tragédia de novo. Mas é. Não espere coisa boa. O pior bicho do mundo é o bicho homem, quando o bicho não é educado é pior que animal. Eu penso muito no que foi minha vida. Não escutei os conselhos do meu pai e me juntei com um selvagem. Lembra do que lhe falei do meu avô? Um homem que não sabe o que é família. Acho que essa mulher deve estar pensando que sou louca mesmo! Acha que isso é invenção da minha cabeça? Conheço muitas histórias, mas a minha é que sei contar. Minha mãe sempre falava: Zita, deixa esse homem! Cheguei em casa naquela tarde, Tita estava sentadinha na soleira da porta da cozinha com o bebê no colo. Ela chorava dizendo que não foi ela. Vi mancha de sangue no chão e o pai deitado na cama e as crianças ao redor dela. Ela gritava: foi seu Vitorino, foi seu Vitorino. Ele estava morto, caído na cama e muito sangue. A polícia chegou. A casa encheu de gente. Levaram as crianças para a casa de minha mãe. Eu desmaiei, perdi os sentido. Nunca mais tive saúde na minha vida. Seu Vitorino fugiu. Ai, meu Deus! Ai meu Deus! minha cabeça como dói. Não chame os médicos. Nãããooo! Agora vão me levar e me colocar naquela cama e me amarrarem. Não me deixe, por favor! Escute-me, quero terminar minha história.
– Calma, calma é só uma injeção. A senhora vai ficar bem!
– Dormiu. Quando acordar, vai acordar mais tranqüila. Ela está bem. Chora, mais é normal ela chorar. Ela está muito fraca. Não quer comer.
Mas, os remédios estão servindo? Não existe remédio para curar a dor da alma. A dor de cabeça passa, mas a dor da alma, essa é que nunca tem jeito! Tita. onde está Tita? Estou aqui mãezinha, estou do seu lado. Durma. Ai, Tita como é bom estar com a cabeça no teu colo! Não dormiu? Achei que tivesse dormido. O que houve comigo? Quero terminar de contar a história. Você tem paciência e me escuta. Eu preciso, compreende? Eu preciso contar. Por que estou aqui? Agora olho a lua. Acho a lua bonita. Hoje tem lua cheia? Olhe os passarinhos cantando no jardim. Gosto desse jardim. Um dia, quero ter uma casa com um jardim assim, para minhas crianças brincarem. Essa casa aqui é grande. Tem muitos quartos. O jardim está cheio de flores. A mamãe veio me visitar, hoje? Ai, meu Deus! Estou doente mesmo. Mamãe morreu! Ainda quer me ouvir? As manchas de sangue. Não me peça para parar de contar. Estou bem. O sangue fresco na cama. As crianças choravam. Foi seu Vitorino que matou. A menina gritava. Papai morreu! Quero meu pai. Foi por minha causa que ele morreu. Pai... pai... e segurava o bebê no colo. Ele chegou da capital. Ele sabia as horas que eu não estava em casa e abusava da menina. Abusava, compreende? Não quero usar o termo forte aqui, e dizer abertamente o que ele fazia com a menina. Agora, compreende porque minha menina vivia triste pelos cantos? Agora, compreende porque ela desmaiava? Uma vez levei a menina ao médico. O médico? Se, descobriu alguma coisa não falou nada. Sabe como são os médicos da saúde pública, nem todos são bons. Assim como os hospitais, também têm muitos hospitais descuidados nesse país. Estou aqui, sou bem cuidada, meus filhos pagam para eu estar aqui. Sofri muito em fila de hospital para consultar os meus meninos. Os médicos têm muitos pacientes e pouco tempo para atender cada paciente. Eles têm pressa, pois precisam ir para o consultório particular, compreende? Passou calmante para minha menina. Seu Vitorino passava em frente a minha casa e ouviu os gritos da menina:
– Não papai, não papai. Isso dói. Está me machucando.
Seu Vitorino adorava beber o sangue de gente que não prestava. Seu Vitorino empurrou a porta e viu que ele estava forçando a menina. A menina estava roxa. Dava dinheiro pra ela ficar quietinha. Mas nesse dia ele forçou e ela gritou. Depois ela falou com aquela voz de menininha dela: Mamãe, papai me machucou e seu Vitorino matou ele por causa de mim.
Onde está minha menina. Tita, cuidado com seus irmãozinhos. Tita não fica sozinha com seu pai. Agora, sei porque você fica triste. Mamãe vai te proteger. Mamãe precisa trabalhar! Minha mãe sempre dizia: Lia, cuidado com essa menina. Mas eu precisava trabalhar ou na roça ou na casa de alguém. Ele nunca me dava dinheiro suficiente para sustentar as crianças. Ai meu Deus! Onde estou agora? O céu, parece que estou no céu. A injeção foi boa. Estou em paz. Minha coluna dói. Minhas pernas estão fracas. O que fiz da vida? O que foi minha vida? Trabalhei, amei meus filhos. Amei? Vou buscá-los quando eu sair daqui desse lugar. Apesar desse lugar ser tão bonito! O menino vai esperar o moço do jipe e pegar pão. O pão quentinho. Tudo está escurecendo, ainda me escuta? Mamãe morreu? Está aqui? Ele machucou a menina. Ele abusava da menina, compreende? Isso é loucura. Tem muitos pais e avôs que fazem isso com as crianças. As mães se calam. As crianças se calam por inocência. Eles abusam das meninas. Têm que ser expulsos desse mundo. Seu Vitorino expulsou o pai dos meus meninos desse mundo. Onde? Onde agora? Onde será que estão meus meninos? Não consigo dormir enquanto Manuel não chegar. Manuel também bebe. Ai, meu Deus, meu filho, isso não! Essa vida é dura. Viver é isso? O que fiz da vida? A menina foi levada para o hospital, foi examinada. Não sabia se cuidava do enterro ou da menina. Escolhi a menina. Quando cheguei o enterro já saia. Não lhe digo que foi bom porque ele é o pai dos meus filhos. Deus é justo. Alguns homens também são justos. Cuidei dos meus filhos. Sozinha. Eu e Deus que me deu forças. Fiquei com o que nasceu no lugar do menino que ganhava pão doce quentinho. Minhas crianças sobreviveram à vontade de comer pão. São pessoas boas. Há muita gente boa nesse mundo. Não podemos desacreditar das pessoas. E agora? Tita já veio me visitar? Tenho muitos netos. Tita superou toda a maldade. Não agüentei depois de ter cuidado de tudo na vida. Adoeci de tristeza na alma. Era hora de eu aproveitar ao lado meus filhos. Olhei para eles sem precisarem mais de mim e caí. Caí doente, e agora sou eu que preciso deles. Estou aqui com a alma esfacelada. Gosto de rosas. A rosa amarela. Lembra ouro, não é? Todos estão aqui perto de mim. Não sai nenhum de perto de mim. Será que Tita vai chorar como eu chorei ? Tita, não deixa sua alma morrer. Cuidado meu bem! Você é a primeira que me escuta. Acho que ela deve estar pensando que sou louca mesmo e inventei toda essa história. Isso não é invenção de minha cabeça. Vejo a nuvem cinza no céu. Tudo está cinza. Já não sinto minhas mãos. Quero água. Segura minha mão, Tita. Tita chegou? Onde você estava, menina? Quero todos perto de mim. As coisas ruins têm que morrer, não é mesmo? As árvores... Tem árvores que dão bons frutos, essas têm que viver. As ruins têm que serem cortadas. Ele foi assim, uma árvore ruim, mas dele saiu boas sementes. Agora vejo as rosas no jardim. Estão bonitas. Tita vem para eu colocar uma rosa no seu cabelo. Ele era sempre assim, antes de eu ir morar naquela casinha, eu tinha uma casa boa. Ele vendeu e comprou aquele casebre, um lixo! O resto do dinheiro ele jogou, fumou, bebeu. Tita roía as unhas. Ainda hoje ela rói as unhas. Tita, você não pode ser nervosa como eu. Um dia Tita machucou o dedinho do pé, não agüentava caminhar para ir à escola. A menina tinha que andar embaixo do sol quente. Ele vestido só de cueca, saiu na rua batendo na menina e gritando: vai para a escola, você é muito preguiçosa! A vida é tão curta quanto a rosa daquele jardim. Por que eu não consigo levantar? Eu sempre gostei de cantar para mostrar para as pessoas que eu não carregava tristeza. Cantava muito. Olha a janela está aberta. Será que posso ir para casa? A janela está aberta. Veja, agora estou bem. A Janela está aberta. Tudo na vida passa. Fechou os olhos, expirou.
– Tita, mamãe morreu...
<< Voltar |