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Terça-Feira , 16 de Abril de 2024
>> Desenvolvimento e Aprendizagem
   
 
Algumas considerações sobre a teoria psicogenética na escola

Claudia Davis e Yara L. Espósito


Como deve ser tratado o erro na escola? As autoras falam de duas posturas opostas: uma que considera o erro apenas como erro e que, portanto, deve ser punido. Outra, que encara todos os erros como "erros construtivos". Esta última postura foi adotada em função de uma visão equivocada da teoria psicogenética de Piaget. O artigo retoma os principais conceitos formulados por Piaget como assimilação, acomodação, equilibração e as implicações destes conceitos na prática escolar, e aponta para a importância de uma análise séria e cuidadosa dos erros apresentados pelas crianças.

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"Cometem nesta busca, entretanto, um engano capital: procuram uma pedagogia "piagetiana" em uma obra de cunho epistemológico, de difícil leitura que, se muito informa sobre crianças, pouco diz sobre como ensiná-las. A decepção é, nestas condições, inevitável, na medida em que não se consegue derivar, com facilidade, da teoria de desenvolvimento cognitivo de PIAGET uma teoria de aprendizagem escolar."

"Assim, para este autor, o conhecimento, longe de ser absorvido passivamente ou de estar incorporado desde o nascimento, é construído pela criança através de uma interação ativa de suas estruturas mentais e seu ambiente. "

"Daí o fato de a teoria de PIAGET ser também conhecida pelo nome de Teoria da Equilibração Majorante. Nela, como deve ter ficado claro, o papel do conflito é fundamental, pois, sem ele, não haveria como majorar, ou seja, como alcançar formas de pensar mais amplas e abrangentes, capazes de engendrar ações mais efetivas sobre o real."

"Daí o fato de a postura de PIAGET ser tanto interacionista como construtivista: refere-se à construção ativa do conhecimento, através de interações cada vez mais complexas do sistema cognitivo da criança com seu ambiente."

"(...) Adota-se o pressuposto de que as crianças, ao partirem de suas próprias concepções a respeito da realidade e ao seguirem seus próprios procedimentos, cometerão, necessariamente, uma série de erros e julgamentos inadequados, considerados inerentes a toda construção intelectual. Tais erros recebem, na terminologia piagetiana, um nome especial: são erros construtivos, isto é, aqueles que sinalizam o fato de que uma outra estrutura de pensamento está-se formando, ou seja, de que se encontra em processo de elaboração."

"Cada um destes erros merece, naturalmente, tratamento diferenciado; afinal, uma função docente importante é identificar a natureza dos erros cometidos pelos alunos, para poder atuar sobre eles. O que deve ser sempre evitado, em qualquer um dos casos, é a saída fácil de fornecer às crianças a resposta correta."

"Respostas erradas, longe de constituírem alvo de punição, devem ser entendidas como resultantes de uma postura de experimentação, em que as crianças levantam e testam suas hipóteses. Os erros infantis merecem, assim, uma análise séria e cuidadosa, incompatível com a postura, infelizmente freqüente, de homogeneizá-los sob o rótulo de "erros construtivos". Sem separar o joio do trigo, erros de distintas naturezas recebem igual tratamento, com sérios prejuízos para a aprendizagem."

Publicação: Série Idéias n. 8. São Paulo: FDE, 1998.
Páginas: 127 a 132

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