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Algumas considerações
sobre a teoria psicogenética na escola |
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Claudia Davis e Yara L. Espósito |
Como deve ser tratado
o erro na escola? As autoras falam de duas posturas opostas:
uma que considera o erro apenas como erro e que, portanto,
deve ser punido. Outra, que encara todos os erros
como "erros construtivos". Esta última
postura foi adotada em função de uma visão
equivocada da teoria psicogenética de Piaget. O
artigo retoma os principais conceitos formulados por Piaget
como assimilação, acomodação,
equilibração e as implicações
destes conceitos na prática escolar, e aponta para
a importância de uma análise séria
e cuidadosa dos erros apresentados pelas crianças. |
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"Cometem nesta busca, entretanto, um engano capital:
procuram uma pedagogia "piagetiana" em uma obra
de cunho epistemológico, de difícil leitura
que, se muito informa sobre crianças, pouco diz sobre
como ensiná-las. A decepção é,
nestas condições, inevitável, na medida
em que não se consegue derivar, com facilidade, da
teoria de desenvolvimento cognitivo de PIAGET uma teoria de
aprendizagem escolar."
"Assim, para este autor, o conhecimento, longe de
ser absorvido passivamente ou de estar incorporado desde o
nascimento, é construído pela criança
através de uma interação ativa de suas
estruturas mentais e seu ambiente. "
"Daí o fato de a teoria de PIAGET ser também
conhecida pelo nome de Teoria da Equilibração
Majorante. Nela, como deve ter ficado claro, o papel do conflito
é fundamental, pois, sem ele, não haveria como
majorar, ou seja, como alcançar formas de pensar mais
amplas e abrangentes, capazes de engendrar ações
mais efetivas sobre o real."
"Daí o fato de a postura de PIAGET ser tanto
interacionista como construtivista: refere-se à construção
ativa do conhecimento, através de interações
cada vez mais complexas do sistema cognitivo da criança
com seu ambiente."
"(...) Adota-se o pressuposto de que as crianças,
ao partirem de suas próprias concepções
a respeito da realidade e ao seguirem seus próprios
procedimentos, cometerão, necessariamente, uma série
de erros e julgamentos inadequados, considerados inerentes
a toda construção intelectual. Tais erros recebem,
na terminologia piagetiana, um nome especial: são erros
construtivos, isto é, aqueles que sinalizam o fato
de que uma outra estrutura de pensamento está-se formando,
ou seja, de que se encontra em processo de elaboração."
"Cada um destes erros merece, naturalmente, tratamento
diferenciado; afinal, uma função docente importante
é identificar a natureza dos erros cometidos pelos
alunos, para poder atuar sobre eles. O que deve ser sempre
evitado, em qualquer um dos casos, é a saída
fácil de fornecer às crianças a resposta
correta."
"Respostas erradas, longe de constituírem
alvo de punição, devem ser entendidas como
resultantes de uma postura de experimentação,
em que as crianças levantam e testam suas hipóteses.
Os erros infantis merecem, assim, uma análise séria
e cuidadosa, incompatível com a postura, infelizmente
freqüente, de homogeneizá-los sob o rótulo
de "erros construtivos". Sem separar o joio do
trigo, erros de distintas naturezas recebem igual tratamento,
com sérios prejuízos para a aprendizagem."
Publicação:
Série Idéias n. 8. São Paulo: FDE, 1998.
Páginas: 127 a 132
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