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Sábado , 20 de Abril de 2024
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A Inclusão Escolar na Rede de Ensino Estadual

Profa. Arlete Scotto


Exposição da Profa. Arlete Scotto, Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas - CENP/SEE, durante o "Encontro Estadual de Educação: A Inclusão no Cenário Escolar", ocorrido em outubro, em São Paulo.

"Abordar a questão da inclusão para além da simples integração dos alunos com necessidades educacionais especiais é o mais recente desafio que nos está sendo demandado.

De fato, se desejamos construir um mundo onde a segregação seja superada na relação entre os povos e nações; se queremos transformar a sociedade de modo que a solidariedade, a cooperação, o respeito às diferenças, conduzam a uma convivência de compreensão, tolerância e acolhimento; devemos - também e sobretudo na escola - começar a cultivar e a vivenciar a valorização da diversidade humana em todas as suas formas.

Nesse sentido, práticas educativas que tenham como norte a educação para todos, sem distinção de gênero, etnia, classe social, religião, cultura - entre outras - inclusive acolhendo e valorizando os portadores de necessidades educacionais especiais, estarão garantindo uma 'atitude inclusiva' que favorecerá o surgimento da sociedade mais justa e igualitária almejada por todos. "

(Arlete Scotto)


PALESTRA

O grande desafio da Educação Inclusiva é dar acolhimento e respostas às grandes questões da diversidade por meio de um ensino de qualidade. Esta é a opinião da Profa. Arlete Scotto, Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógica (CENP), durante sua exposição ocorrida no "Encontro Estadual de Educação: A Inclusão no Cenário Escolar", em São Paulo, em outubro.

Não se pode confundir os conceitos de integração e de inclusão, adverte a Profa. Arlete. Na Rede Estadual de Ensino, o conceito Integração tem sido utilizado no sentido de levar as crianças com deficiências para o espaço escolar, enquanto Inclusão significa "escola para todos", direito que toda criança possui e que requer empenho e articulação de todas as instâncias da sociedade.

Educação Inclusiva exige o atendimento de Necessidades Especiais, não apenas dos portadores de deficiências, mas de todas as crianças. Implica trabalhar com a diversidade, de forma interativa - escola e setores sensíveis. Deve estar orientada para o acolhimento, aceitação, esforço coletivo e equiparação de oportunidades de desenvolvimento. Requer que as crianças portadoras de necessidades especiais saiam da exclusão e participem de classes comuns. Para isso, é necessário um diagnóstico cuidadoso que levante as necessidades específicas de cada criança.

A Legislação tem sinalizado caminhos, facilitando a execução da prática, mas isto não significa que tem assegurado o seu sucesso. A escola precisa estar mobilizada para trabalhar e dar respostas à diversidade. Isto requer aceitação, valorização e compromisso.

O seu projeto pedagógico deve incorporar a diversidade como eixo central da tomada de decisões, atender a todos alunos da comunidade, otimizar espaços e recursos. O seu currículo deve ser amplo, flexível e aberto, abrangendo os aspectos cognitivos, afetivos e sociais.

A formação do professor, inicial e continuada, tem sido motivo de constante preocupação da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE/SP), fornecendo instrumentos e recursos para a escola trabalhar com a diversidade, e para realizar uma gestão, articulada com a família e comunidade, que busque respostas para as grandes questões.

Diversos Programas são desenvolvidos para atender às dificuldades de aprendizagem de todas as crianças:

  • Progressão Continuada, que respeita os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem;

  • Correção do Fluxo Escolar, que proporciona a inclusão dos alunos nas séries e nas faixas etárias mais adequadas;

  • Recuperação Paralela, Intensiva e de Ciclo;

  • Salas de Recursos.

A SEE/SP vem implementado outros programas que visam a inclusão escolar, como o de Jovens e Adultos, População Indígena, Crianças e Jovens em situação transitória na FEBEM.

Nesse conceito mais amplo de inclusão - traduzido como educação para todos - onde se abarcam todas as diferenças dos indivíduos, de gênero, etnia, cultura, classe social e outras, a garantia de acesso e permanência na escola são fatores altamente inclusivos e nosso Estado tem um significativo avanço nesse aspecto. Os dados mais recentes demonstram que 99% das crianças de 7 a 14 anos e 95% dos jovens entre 15 e 17 anos, têm acesso à escola e os índices de evasão tiveram uma enorme queda, encontrando-se na taxa de 3,1% no Ensino Fundamental e 8,9% no Ensino Médio. Quanto ao atendimento específico a crianças portadoras de necessidades educacionais especiais existem hoje na nossa rede 17 mil alunos, 1.186 classes especiais, 236 salas de recursos e 1.422 professores.

Faça o download da apresentação em Powerpoint, elaborada pela profa. Arlete Scotto para o "Encontro Estadual da Educação: A Inclusão no Cenário Escolar."

Para mais informações clique em AJUDA no menu.