Grupos de diálogo
Praticar o diálogo em grupo é uma forma proveitosa de exercitar a compreensão do outro. E também pode ser um recurso eficaz para desenvolver ações conjuntas na resolução de problemas da comunidade. Pode-se formar um único grande grupo de diálogo ou círculos menores, divididos por faixas etárias ou por áreas de interesse. Até que todos possam confiar uns nos outros, o grupo deve escolher uma pessoa para atuar como moderadora, conduzindo a atividade segundo alguns princípios de democratização da expressão. O moderador precisa ser uma pessoa madura, que não assuma atitudes autoritárias. Mas ter habilidade para acolher as diversas opiniões, mesmo que conflitantes, sem tender a neutralizar essas diferenças.
Veja como fazer isso, segundo a proposta do programa Ribeirão Preto pela Paz, criado no Estado de São Paulo, dentro do projeto Coopera Ribeirão - Construindo Comunidades Colaborativas:
Em grupos formados por pessoas que acabam de se conhecer, é
recomendável iniciar o diálogo com uma breve apresentação de cada
participante.
Por uma questão de organização, é preciso estabelecer horários para iniciar
e para terminar a conversa.
Pode-se deixar a conversa correr livremente ou escolher, em conjunto, um
tema que reflita uma ansiedade do grupo ou um problema enfrentado pela
comunidade. O assunto que vai ser tratado deve ficar perfeitamente claro
para todos, de modo que a conversa não desvie para temas que estão fora
da área de interesse de todos.
Num diálogo, todos falam. E todos escutam. É preciso saber silenciar,
lembrando que todos necessitam aprender e ser fonte de aprendizado, uns
com os outros.
Dialogar não significa concordar, submeter-se à outra pessoa. Mas respeitar
o pensamento do outro que, apesar de diferente, vai ajudar na
compreensão do fato.
Procure evitar interrupções e conversas paralelas, reforçando essa atitude ?
de respeito ao outro.
Ajude as pessoas a não perder o objetivo inicial, não se desviar da
discussão proposta.
Cada diálogo supõe uma conclusão que beneficie o maior número possível
de pessoas. Mas também não é respeitoso excluir opiniões diferentes da
maioria. Dialogar é dar a devida importância ao que aflige a todos.
No final da atividade, dê oportunidade para que as pessoas agradeçam,
reconhecendo o aprendizado que um possibilitou ao outro.
Fonte: boletim do programa Ribeirão Preto pela Paz, ano 1, julho de 2000.
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