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Domingo , 19 de Maio de 2024
 
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Paz: como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas
Lia Diskin e Larua Gorresio Roizman


Quais são as atitudes e os pequenos gestos que constróem uma cultura de paz? Neste material, elaborado por Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman e co-editado pela Unesco, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Associação Palas Athena, são identificados princípios básicos para a construção de uma cultura de tolerância, fraternidade e não-violência a partir do espaço escolar. Além de textos, traz atividades lúdicas para serem desenvolvidas com os alunos. O material completo, com sugestões de jogos e dinâmicas de grupos, também pode ser acessado em:
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/pol/paz_como_se_faz.pdf

A seguir, seleção de trechos do livro.



Respeitar a vida | Rejeitar a violência | Ser generoso | Ouvir para compreender

Preservar o planeta | Redescobrir a solidariedade


  Respeitar a vida

"Observe atentamente o caminho que seu coração aponta e escolha esse caminho com todas as forças"
Provérbio hassídico

Muito tempo passou, desde o início do universo, até surgir a vida humana. E ainda foi preciso muito mais para que aflorassem, no mundo, as mentes inteligentes e capazes dos seres humanos. O mais impressionante é pensar que a vida, que existe há tão pouco tempo, já está ameaçada.

Dizem os biólogos que uma espécie viva está desaparecendo do planeta a cada vinte minutos. Em centésimos de segundo, aquelas mesmas mentes inteligentes podem destruir centenas de seres vivos: basta apertar um botão! Com freqüência, mostram as estatísticas, um simples apertar de gatilho interrompe uma vida jovem, com sonhos, paixões, talentos. A violência nas grandes cidades vitima milhares de pessoas, principalmente jovens. Por isso temos que praticar e disseminar, o máximo que pudermos, o resgate da vida, a defesa da vida, o respeito à vida.

Precisamos começar refletindo sobre algumas lições que a própria vida nos passa. Em primeiro lugar, é fundamental compreender que, apesar dos surpreendentes avanços da ciência, é absolutamente impossível recriar todas as formas de vida em laboratório. Infelizmente, sabemos destruir, com diversos tipos de armas - nucleares, químicas e biológicas - toda e qualquer vida na Terra. Mas não sabemos como, nem por onde começar a restaurá-la.

Podemos dizer que alguma coisa é viva quando ela gera a si mesma. Se batemos a bicicleta em um poste e alguma parte se quebra, precisamos consertá-la, trocar peças, ajustá-la, refazer a pintura etc. Mas se ralamos o braço, nosso corpo consegue se "consertar" sozinho, pois as células podem se reproduzir e cicatrizar a ferida. Apesar de tão esplêndido, esse fenômeno passa totalmente desapercebido aos nossos olhos. Estamos tão acostumados a encontrar outras pessoas caminhando à nossa frente, a ver as árvores alimentando os pássaros e insetos que esquecemos, literalmente, de admirar a vida em seu mistério. O milagre se tornou comum: mulheres grávidas em países em guerra, ovos eclodindo em terras áridas, a grama brotando das frestas do asfalto de cidades maltratadas pela violência.

A vida é criativa. Observe as folhas de uma árvore. Se olhar atentamente, perceberá que não existe uma folha igual à outra! O mesmo acontece quando observamos as multidões caminhando pelas ruas: quantas pessoas diferentes umas das outras! Na família humana, em todo nosso planeta, abraçamos um número imenso de raças, culturas, religiões, visões de mundo, valores…

E, logicamente, é impossível que todo mundo pense do mesmo jeito: alguns gostam do verão, outros preferem o inverno… O problema começa quando resulta difícil aceitar o ponto de vista do outro. Perdemos a paciência, nos tornamos intolerantes, discutimos e, sem querer, podemos utilizar a violência para lidar com esse conflito. Em uma atitude imediatista e impensada, corremos o risco de desrespeitar a vida, machucando nosso semelhante com palavras, gestos, atitudes… É exatamente assim que começam as brigas e as guerras. E é justamente esta espiral de violência que queremos eliminar.

Para compreender a arte da aceitação do outro, podemos aprender com nossa maior mestra: a própria vida, bem maior do universo, que insiste em pulsar a cada instante. Teima em se concretizar, perfeita e harmonicamente. Observe as bactérias, seres muito simples, de um passado remoto, que "moram" em todas as células humanas, trabalhando no processo de produção de energia, como parceiras em nosso corpo. O que seria do cérebro sem os pulmões? Os rins sobreviveriam sem seu companheiro coração? Em nosso organismo, podemos afirmar sem pestanejar, existe respeito e ajuda mútua desde a pequena célula até os nossos órgãos mais sofisticados. Todas as pequenas partes trabalham juntas, operando o milagre. Esse é apenas um exemplo de associação, cooperação. Fenômenos de natureza amorosa que sustentam o princípio da vida.

Vamos continuar estudando a vida: ao caminhar em uma mata ou à beira-mar, observando um pôr-do-sol, estabelecemos uma sensação imediata de paz, acolhimento, e harmonia com a Terra. O mesmo podemos dizer quando uma mãe abraça seu bebê. O amor é o combustível fundamental da humanidade, o alicerce da vida no planeta. É um bem-estar espontâneo, fácil, natural, que precisa ser redescoberto. Cabe a cada um de nós empreender essa viagem interior, ao encontro da bondade humana, virtude presente em todas as culturas.

Mas e no nosso organismo maior, a sociedade? Existe essa mesma sintonia? O que seria de nós sem os empregados das usinas hidroelétricas que produzem energia? Sem os padeiros, médicos e lixeiros? Músicos, jornalistas e camponeses? Dependemos uns dos outros para sobreviver… Infelizmente, esse fato é freqüentemente esquecido, nos diversos cantos do planeta, a cada instante. Se pudéssemos observar com uma lente de aumento a saúde da sociedade humana, perceberíamos muita dor e sofrimento. Muitos não encontram oportunidades de moradia, alimento, trabalho. A desigualdade social é uma dura realidade de nossos dias, uma situação de profundo desrespeito à vida.

Será que podemos fazer algo para construir um mundo mais justo, mais cooperativo? A injustiças e desigualdades são tantas que, muitas vezes, é mais cômodo nos sentirmos magoados e revoltados… Mas, de alguma maneira, precisamos aprender que a paz está em nossas mãos: a sociedade do futuro depende de nós! Cabe a cada um de nós cuidar da vida, em seu aspecto pessoal, social e planetário.

Vamos respeitar a vida cuidando…

… da natureza à nossa volta, lembrando que todo ser vivo é um milagre.

… de nossa comunidade, de nosso bairro, de nossa família. Ouvindo os jovens, garantindo que possam se expressar e que sejam atores de seu próprio destino.

… da sensibilidade do nosso coração, oprimido em uma sociedade onde existe guerra, destruição da natureza. Em paz, em cinco minutos de silêncio, podemos ouvir nosso coração dizer qual é a melhor música para a nossa saúde, os melhores passatempos, as melhores leituras, como ajudar um semelhante.

… do nosso corpo. E isso não significa "malhação" e cosméticos. Mas tratar e amar o corpo com a sabedoria que ele merece, sem contaminá-lo com substâncias perigosas à saúde.

… das palavras que dizemos. Podemos ser violentos com as pessoas dependendo das palavras que escolhemos e da maneira como nos expressamos.

… do nosso olhar. Os olhos são os espelhos da alma: revelam a verdade dos sentimentos. No olhar não há mentira. Com ele dizemos "como você é chato!" ou "te amo!"

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   Rejeitar a violência

"O primeiro princípio da ação não-violenta é a não-cooperação com tudo que é humilhante"
Mahatma Gandhi

Assim que se vê livre da casca do ovo, a tartaruga marinha corre para o mar. Imediatamente pronta para a vida, ela não tem dúvidas sobre o que fazer, nem erra o caminho para o seu destino natural. Quem dera fosse assim com os humanos! Nós não só precisamos de muita ajuda e treino até conseguir ficar em pé, como às vezes levamos anos para encontrar a melhor direção a seguir. O ser humano, não há dúvida, não se cria nem se forma sozinho. Outras pessoas nos alimentam, cuidam de nós quando ficamos doentes, nos dão o afeto que vai se tornar o alicerce de nossa identidade, nos ensinam a descobrir um passado com outras culturas e civilizações que nos fazem entender as relações humanas. Relações experimentadas a cada dia, na família, na escola, no trabalho, no lazer.

Mas se está claro que dependemos dos outros para viver, que sempre estaremos junto comos integrantes de qualquer grupo ao qual pertencermos, não é tão simples administrar essa convivência. Não é fácil nos articular em sociedade de forma que todos possam crescer e expressar seus desejos, sem ferir o direito dos outros fazerem a mesma coisa. Ou seja, estar juntos exige cuidados, concessões mútuas, reciprocidade, confiança. Todos esses pilares do convívio social sofrem abalos (algumas vezes fatais) quando atingidos por atitudes de violência, destruição, exploração, humilhação. Nesses momentos, todos perdem, ninguém se beneficia. Mesmo que a curto prazo pareça haver um "ganhador", ele próprio pode ser o "perdedor" no próximo confronto. E assim se delineia o infernal ciclo da violência, comprovado pelos casos de vinganças e retaliações noticiados todos os dias na TV e nos jornais.

Recorrer à violência significa abrir mão de tudo o que aprendemos e conquistamos durante um processo milenar de civilização. Significa ignorar avanços como a abolição da escravatura; a derrubada de regimes de governo opressores; a Declaração Universal dos Direitos do Homem, com o reconhecimento de que todas as raças, culturas e expressões religiosas têm o mesmo valor e enriquecem a diversidade humana; o direito universal à Educação e a usufruir o patrimônio cultural de nossa espécie; a justiça que garante às mulheres o exercício pleno de suas capacidades; os direitos dos trabalhadores de reivindicar melhores condições para o exercício de suas profissões; a opção na Constituição Federal de garantir cidadania plena à infância e à juventude, regulamentada depois pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que abriu caminhos sem precedentes para assegurar direitos individuais e sociais.

Sabemos que essas conquistas, entre outras, ainda não são suficientes para atender às nossas necessidades de segurança, oportunidades, conhecimento, lazer, exercício de cidadania, liberdade, criatividade. Porém, a maior parte dessas vitórias foi possível porque pessoas se dispuseram a negociar, argumentar, dialogar, buscar consenso, resistir e não cooperar com injustiça e abuso de poder.

Na História, temos dois exemplos de compromissos com a liberdade e com a justiça sem apelo à força física: Mahatma Gandhi e Martin Luther King. Cada um deles, em contextos sócio-políticos e geográficos distintos, enfrentou a opressão, a humilhação e a mentira. Cada um escolheu, à sua maneira, métodos não-violentos de libertar seus povos, restabelecer o direito e encontrar saídas para o convívio pacífico. Esses homens provocaram transformações irreversíveis porque suas propostas não eram destruir o opressor, e sim libertar as pessoas da opressão.

Para isso, é preciso entender que existe diferença entre a injustiça e o injusto, a maldade e aquele que a pratica. Gandhi costumava dizer: "Pode-se garantir que um conflito foi solucionado segundo os princípios da não-violência se não deixa nenhum rancor entre os inimigos e os converte em amigos". Embora pareça apenas um conjunto de palavras bonitas, essa diretriz foi testada na prática, com muitos de seus oponentes, que se tornaram seus admiradores e até colaboradores.

Não é fácil dominar a própria violência, até porque não é fácil reconhecer que somos potencialmente violentos - seja em pensamentos, gestos ou omissões. Sempre arranjamos boas justificativas para nossas atitudes. "Você foi injusto comigo", "invadiu meu espaço", "me traiu". Essas são queixas que temos dos outros e os outros, de nós. Se compreendermos isso, se aceitarmos que nem sempre estamos com a razão, faremos cobranças (aos outros e a nós mesmos!) mais justas e mais humanas. Como um bumerangue que volta ao ponto de partida, o uso da violência para compensar frustrações e desapontamentos resulta em sentimentos de impotência e em mais frustração. Ao agredir alguém, damos a essa pessoa o direito de nos agredir também, e acabamos por "armar" o outro com os mesmos instrumentos dos quais queremos nos desvencilhar.

Esse círculo vicioso só se quebra se resistirmos ao ímpeto emocional, ao ódio e à raiva - barreiras que ofuscam sentimentos preciosos como a compaixão, a solidariedade e a capacidade de perdão. "Perdi a cabeça", "fiquei fora de mim". Não são essas as expressões que usamos toda vez que agredimos alguém? E o que elas querem dizer? Que reconhecemos ter agido por impulso, de modo irrefletido e ignorante. Mais ainda, que não aceitamos esse comportamento como digno de nós mesmos - e, igualmente, não o aceitamos no outro.

Se dirigimos nossa indignação ao alvo
errado, isto é, se combatemos o
agressor, em vez de combater a
agressão, perdemos a oportunidade
de estabelecer uma nova relação com
o outro. Além de, em grande parte
dos casos, alimentarmos o ciclo
vicioso da violência, quando a vítima
reage, se tornando um novo agressor.


Nós humanos, assim como os primatas, somos sensíveis ao princípio de empatia, uma espécie de tendência para se colocar no lugar da outra pessoa. Esse sentimento nos faz solidários ao sofrimento das outras pessoas, sobretudo se formos nós os agentes dessa aflição. Nessas circunstâncias, experimentamos um misto de arrependimento, vergonha e compaixão. Pensamos em fazer qualquer coisa para voltar atrás e evitar o acontecido. Tal sensação, apesar de dolorosa, mostra a aspiração natural de não desejar prejudicar ninguém.

A violência, entretanto, nem sempre tem um alvo preciso ou um agressor identificável. Há violência nos preconceitos que impedem uma pessoa de exercer seus direitos e desenvolver suas potencialidades pelo simples fato de ter uma raça, um gênero, uma cultura, uma condição social, uma religião, uma capacidade física especial. Há violência nos sistemas políticos e econômicos que reforçam disparidades de oportunidades, erodindo o tecido social e gerando exclusão, desemprego, miséria e indignidade.

Há violência nos desvios de recursos públicos que deveriam promover plena sociabilidade, fundada na segurança que nasce da liberdade e da igualdade de acesso aos bens naturais e culturais que são patrimônio de todos - e não apenas de alguns. Há violência nos discursos que domesticam e criam resignação, ao repetir uma e outra vez que "o mundo é assim mesmo, sempre houve guerra e injustiça", desencorajando qualquer proposta nova de organização social e de uma cidadania ativa e responsável.

A violência não é uma expressão de justiça, de felicidade, nem de amizade. Estas promovem o acolhimento e a troca, buscam o convívio, o estar junto para partilhar e aprender, para criar, desafiar e construir futuros nunca imaginados, mas sempre possíveis. Esse desejo foi, até agora, o sustentáculo da nossa espécie - o que confirma e renova a nossa esperança.

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   Ser generoso

"A generosidade - o amor - é o fundamento de toda socialização porque abre um espaço para o outro ser aceito como ele é. E, a partir daí, podermos desfrutar sua companhia na criação do mundo comum, que é o social"
Humberto Maturana

Todos os dias nos beneficiamos de milhares de atos generosos e nem percebemos! Alimentos com maior valor nutritivo, roupas mais adequadas ao nosso clima, novos medicamentos para aliviar a dor ou erradicar uma doença, casas feitas com materiais mais baratos e ecologicamente sustentáveis... Isso acontece porque, todos os dias, centenas de fundações sem fins lucrativos oferecem seus recursos econômicos para incentivar a pesquisa e fazer descobertas cujo propósito é melhorar a vida das pessoas.

A generosidade está presente mesmo nas coisas menos imediatas para a sobrevivência humana. Nos museus de arte, por exemplo, grande parte das obras, que estão lá para enriquecer nosso senso estético e cultural, vem de doações particulares. Famílias que têm o privilégio de possuir objetos valiosos abrem mão deles por entender que são demasiado preciosos para decorar apenas uma residência, onde seriam apreciados por poucas pessoas.

Apesar desse "anonimato" característico de muitas ações generosas (quem ajuda não conhece o ajudado; quem recebe ajuda não sabe quem ajudou), felizmente, a generosidade, em si, está cada vez mais "visível". Basta ligar a TV para conferir: a cada pouco pipoca uma campanha de solidariedade e os noticiários mostram variados programas de trabalho voluntário. Adultos, jovens e crianças de todas as classes sociais, raças e crenças estão dedicando seu tempo e seu talento a ações comunitárias, populações menos favorecidas, doentes internados em hospitais, instituições que atendem crianças necessitadas de cuidados especiais, programas de reforço escolar e alfabetização eletrônica... Enfim, estão participando de propostas que abrem caminho para uma sociedade mais democrática, cujos recursos e conquistas possam ser usufruídos por todos.

A generosidade não é um direito, tampouco um dever. Não é regida por leis. É fruto da nobreza de caráter, uma virtude que nos faz sentir parte de algo maior que nós mesmos, que nossa família ou que nosso país. Ela nos humaniza e nos mostra que, no essencial, somos todos iguais: evitamos sofrer; buscamos felicidade, paz, justiça, realização; desejamos ser queridos e respeitados. Ninguém, em são juízo, fica indiferente ante as inundações na Ásia ou a miséria na África. Nos sentimos irmanados com esses povos, embora tão distantes, e sentimos vontade de fazer algo. Não importa a forma da contribuição - alimentos, conhecimentos, dinheiro, tempo, conforto espiritual. Só o fato de participar da reparação já renova nossas forças e fortalece àqueles que auxiliamos.

Entretanto, a generosidade não se expressa apenas nos momentos de aflição. Na semana passada, uma colega de trabalho fez aniversário e nossa turma deu a ela uma caixa de bombons. Contente com a surpresa, ela abriu a caixa, pegou um e ofereceu o restante para nós, dizendo que eles eram mais gostosos quando compartilhados. Foi um gesto e tanto! Todos ficamos duplamente felizes: pela felicidade que proporcionamos a ela lembrando de seu aniversário e pela atitude generosa com que nos retribuiu.

Uma das características mais evidentes da generosidade é essa naturalidade que dispensa qualquer tipo de recompensa, que se satisfaz em si mesma. Outra é a liberdade: ninguém é obrigado a ser desprendido nem a estar disponível para os outros. Mas todos gostaríamos de ter essas atitudes porque inspiram confiança e criam uma atmosfera amigável à nossa volta. Isto nos leva a pensar que a generosidade também é contagiante. Envolve a quem dá e a quem recebe, eleva a auto-estima de ambos.

Do lado oposto, a avareza e o egoísmo causam distanciamento e desconforto. Os egoístas só pensam em seus próprios interesses; imaginam que o mundo foi criado para satisfazê-los e as pessoas, para servi-los. São incapazes de perceber as aspirações dos outros - "as suas são mais urgentes e importantes". É como se estivessem ofuscados pelo brilho de si próprios, impedidos de enxergar os outros e, conseqüentemente, de criar vínculos afetivos sinceros e duradouros. Quem tem atitudes gananciosas machuca os que estão a seu lado e termina sozinho.

Às vezes, somos egoístas e só vamos nos dar conta disso depois de ver o estrago causado, a pessoa querida magoada, a situação difícil de remediar. Se não ficarmos atentos, acabaremos incorporando esse comportamento que prejudica quem está à nossa volta e a nós mesmos! Para mudar esse quadro, é preciso ser forte. É necessário encarar a questão com honestidade e resistir à tentação de encontrar desculpas para manter esse hábito.

Ninguém está condenado a repetir os erros. Podemos nos reeducar continuamente, se estivermos abertos aos outros e à realidade. E não faltam referências de generosidade e altruísmo para nos inspirar e encorajar. Irmã Dulce e Betinho, por exemplo, são excelentes modelos. Ler seus livros e acompanhar as obras que eles fundaram e que beneficiam milhares de pessoas, inclusive a nós mesmos, é uma boa forma de começar a compreender o potencial da generosidade. Não há tantas irmãs Dulces nem tantos Betinhos espalhados pelo mundo. Mas também nós não precisamos ser igual a eles. Apenas tomar suas obras como base para pensar: "E eu, o que poderia fazer? O que tenho a oferecer?" Você pode até não ter reparado. Mas seguramente tem uma palavra de estímulo, um gesto amigo, um livro que pode ser útil a outra pessoa. E seguramente tem alguém por perto precisando dessa força. Ninguém é tão pobre que não tenha algo para dar; ninguém é tão rico que possa dispensar um sorriso amistoso.

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   Ouvir para compreender

"Em um diálogo não há a tentativa de fazer prevalecer um ponto de vista particular, mas a de ampliar a compreensão de todos os envolvidos"
David Bohm Da mesma forma que a riqueza da natureza está em sua biodiversidade, a riqueza da humanidade está em suas múltiplas culturas. As diferentes histórias dos povos articulam saberes, experiências, modos de ver e de sentir o mundo pela tradição oral ou escrita, pela arte, pela espiritualidade, pela ciência. Seria impossível compilar a trajetória de todas as culturas porque muitas já desapareceram completamente. Outras deixaram fragmentos de suas atividades e aspirações por meio dos quais nos comunicam um repertório de informações.

Povos pré-históricos, por exemplo, "falam" conosco em suas pinturas feitas nas cavernas: contam sobre suas estratégias de caça, seus alimentos, suas crenças e sua organização social. Comunicar, transmitir vivências e habilidades é uma característica da condição humana - o que permite a cada geração apresentar novos desafios. Somos curiosos e criativos - quando não estamos atrás de respostas para nossas dúvidas, levantamos novas dúvidas para responder.

Entretanto, compreender o passado e mesmo o que está hoje à nossa volta requer de nossa parte uma abertura, uma disposição para estabelecer pontes de ligação e nos aproximarmos dos outros, sejam eles pessoas, culturas, animais ou a própria natureza. Tudo e todas as coisas, pela simples presença, estão "expressando", "comunicando" algo que podemos compreender se estamos receptivos. Se estamos disponíveis ao diálogo, que não precisa ser constituído por palavras. Em certas ocasiões, olhares, gestos, toques e até silêncios são mais eloqüentes que discursos!
Às vezes acreditamos já saber o que os outros têm para nos dizer. E com isso perdemos a magnífica oportunidade de aprender e experimentar coisas novas. Os preconceitos, a intolerância, os fanatismos, as supostas "certezas" são os maiores entraves para estabelecer linhas de comunicação e relacionamentos confiáveis, onde a reciprocidade e o respeito mútuo semeiam o terreno do entendimento. Culturas diferentes, crenças diferentes, modos de pensar diferentes, valores diferentes não são necessariamente fonte de divisão, muito menos de confronto. Afirmar a própria identidade pela negação dos outros empobrece e compromete o desenvolvimento pessoal. Com essa atitude, em vez de valorizar a originalidade, as diferenças que todos temos a oferecer, gastamos nossa energia em confrontos com tudo aquilo que é diferente.

Cada um de nós dispõe de uma "janela" para ver e sentir o mundo. E tudo aquilo que percebemos vem "carregado" da nossa história particular e única. Isso é o que nos torna singulares. Porém, às vezes nossa "janela" fica estreita demais, não percebemos realmente o que acontece. Estamos tão ocupados com nós mesmos que somos incapazes de entender as pessoas. Há alguns dias estava aguardando para atravessar a rua quando vi um garoto correr entre os carros, atrás de uma bola. Ele conseguiu pegá-la e foi direto para um carro onde uma menina sentada no colo da mãe esperava de braços abertos. A mulher, sem dizer uma palavra, estendeu a mão com umas moedas para o garoto. Ao que ele, sem jeito, respondeu: "Não, senhora, sua filha deixou cair a bola e eu apenas a devolvi!"

Ampliar a percepção, abrir espaços novos de conhecimento e compromisso com a realidade são instrumentos essenciais para democratizar nossas relações, tanto no plano mundial quanto no doméstico, com outros povos e também com outras espécies. A arrogância originada da percepção estreita das coisas deu origem a atrocidades e barbáries como a escravatura e a exploração predatória da natureza. Quando a percepção sintoniza apenas interesses particulares, desarticulados das necessidades coletivas, ou seja, do bem comum, existe confronto e desentendimento. Frutos da violação dos direitos fundamentais, que promovem igualdade de oportunidades para todos.

…na história da nossa espécie, o
que nos une é muito maior do que
o que nos separa.


A capacidade de ampliar a percepção da realidade, de conhecer, compreender e de criar vínculos significativos com os outros é própria da condição humana. Do mesmo modo que é próprio da aprendizagem descobrir diferenças, identificar semelhanças, encontrar complementaridades. Assim, para entender em que mundo estamos e para onde desejamos seguir é preciso reconhecer que existe uma infinidade de protagonistas no cenário da vida. E que todos têm o legítimo direito de expressar suas identidades e de buscar espaços comuns de associação.

Visitar feiras de imigrantes, participar de diferentes festividades populares, assistir a diversas formas de culto, ir a exposições de artesanato regional, experimentar comidas de outras comunidades ou países, conhecer a história de povos distantes pesquisando a música e expressões de sua arte - essas são maneiras de ampliar a nossa compreensão da pluralidade do mundo. Mundo onde os conflitos e as desigualdades resultam da relação de dominação que impõe determinada ordem sóciopolítica, étnica, religiosa ou econômica. Essa imposição propõe um "enquadramento" que desrespeita as peculiaridades dos povos pautados por um repertório de valores diferente do "estabelecido", e que buscam manifestar sua identidade, sua autonomia e seu sentido de vida.

Em tempos de globalização das comunicações, o isolamento seria uma opção suicida. Mas a interdependência planetária exige um compromisso por parte de todas as nações. O compromisso de preservar a diversidade cultural - o mais precioso patrimônio construído pela humanidade - e de impedir qualquer forma de exclusão, promovendo o acesso aos bens naturais, sociais, culturais e científicos. O particular e o universal não são excludentes, podem e devem alimentar-se mutuamente, humanizando as relações entre próximos e distantes, democratizando o conhecimento e criando oportunidades novas de convívio amparado na justiça e na ética solidária.

O espírito da compreensão pressupõe partilhar saberes, cooperar na construção de projetos de cidadania planetária, criar parcerias com culturas regionais, promover a difusão de histórias ancestrais. O espírito da compreensão implica aprender em conjunto, abraçar junto, pensar e sentir junto, ficar incluído, fazer parte. Perceber nosso horizonte comum é reafirmar as sábias palavras de Terêncio, escritor romano de comédias: "Sou humano, nada do que é humano me é alheio".

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  Preservar o planeta

"O homem não teceu a teia da vida. Ele é apenas um de seus fios. O que quer que faça à teia, ele faz a si mesmo"
Chefe Seattle

Uma das mais fascinantes imagens que nossos olhos podem admirar graças à evolução da tecnologia é, sem dúvida, a vista da Terra no espaço! Nosso planeta reluz como uma pérola azul mergulhada em um mar infinito, cujo mistério desafia a mente humana. Sabemos apenas que o universo é absurdamente imenso e, por mais que telescópios poderosos insistam em procurar sinais de vida pelas galáxias, pelo menos até agora, não temos notícias de que exista vida inteligente em outro lugar. Só aqui na Terra!

Olhando o planeta bem de perto, somos brindados com outra beleza: a fina camada de solo que recobre sua superfície. Essa terra foi palco de muitas histórias, desde que surgiu o primeiro homem das cavernas. Sobre ela floresceram as mais variadas culturas, seus sonhos, seus ódios, seus amores. Fósseis delicadamente escondidos nas suas entranhas comprovam que ela foi o útero e o berço de muitas e diferentes espécies já desaparecidas. Foi neste planeta azul que a espécie humana surgiu e evoluiu, dotada de um cérebro muito sofisticado!

Aprendemos matemática e filosofia; descobrimos, criamos e inventamos coisas incríveis e belas como o raio laser e os painéis grafitados. Porém, ainda tiramos "nota baixa" em uma das mais importantes lições: preservar nosso planeta, nossa casa. Esquecemos que dependemos da Terra para nossa sobrevivência, assim como um bebê precisa da mãe para se desenvolver com saúde. Parecemos não notar que neste planeta estão a água que bebemos, o solo em que plantamos, o ar que respiramos!

Aqui convivemos com as algas que produzem oxigênio; com as bactérias que reaproveitam as folhas mortas da floresta; com os pássaros que carregam sementes para que árvores possam brotar em lugares distantes. E todos colaboram, sem exigências, para a continuidade da vida. Ao contrário de nós, humanos. Apesar de termos o cérebro tão desenvolvido (maior do que o dos macacos!), somos os seres que mais destróem seus semelhantes. Por que eliminamos uma espécie viva a cada vinte minutos? Por que inventamos armas capazes de acabar com a vida no planeta rapidamente? Por que um quarto da água doce do mundo não pode ser reaproveitada?

Afinal, como fazer para não prejudicar a saúde de nossa própria Mãe, o nosso planeta? O primeiro passo é compreender que, na natureza, tudo depende de tudo e todos dependem de todos. Os seres vivos, o ar, a água, o solo, a luz estão ligados entre si na complicada trama da vida. Uma seca no Brasil afeta o preço das laranjas na França; a fumaça dos escapamentos dos carros em São Paulo contribui para o aumento de temperatura de todo o globo; as políticas agrícolas, decididas pelos políticos nos quais votamos, interferem na qualidade da água que, por sua vez, tem implicações em nossa saúde.

Esse é o desafio do homem e da mulher do século 21: progredir em termos éticos e sociais, e preservar o planeta. Não se trata de uma tarefa simples, mas é perfeitamente viável se cada um de nós fizer sua parte.

Mãos à obra! Vamos…
DESPERTAR nossos sentidos para a realidade. Tomar conhecimento do que está acontecendo no país e no mundo. Refletir sobre as causas da pobreza e das devastações ambientais.

FORTALECER O CORPO E A MENTE. Procurar práticas físicas e meditativas que propiciem serenidade. Evitar a "poluição" do organismo com substâncias nocivas. Nos alimentar do contato humano, de leituras e de filmes preocupados em propor um mundo mais justo.

ESTAR DISPOSTOS a reconhecer e tratar nosso mundo interior, nossos sonhos e problemas. Buscar auxílio, se necessário. Ouvir a mensagem trazida por nossos sentimentos.

EDUCAR A COMUNIDADE. Quebrar a acomodação dos outros por meio de cartas, aulas, encontros entre vizinhos etc. Aproveitar as conversas com familiares e amigos para analisar criticamente a realidade. Colaborar para a alfabetização e a educação de outras pessoas.

ORGANIZAR eventos, passeios na comunidade com fins educativos em relação à paz, ao meio ambiente, à sociedade. Participar de organizações voltadas à saúde pública, à inclusão social e à ecologia.

VOTAR de maneira consciente, preocupada com o bem comum. Pressionar os parlamentares e governantes com vistas ao desenvolvimento de políticas a favor da paz e da melhoria de vida.

ESTAR ATENTO às situações prejudiciais ao meio ambiente: ações destruidoras em áreas de conservação, desmatamentos ilegais, rios que recebem dejetos tóxicos, contaminação por agrotóxicos, poluição de todo o tipo. É possível denunciar essas violações para organizações não governamentais (ONGs) ou para órgãos públicos dedicados à preservação ambiental.

CONSERVAR os recursos naturais. Plantar árvores, ajudando a combater o efeito estufa. Não queimar ou desmatar áreas com vegetação.

RESPEITAR os outros, independentemente do nível social, da cor, do sexo ou da religião. Acolher e ponderar sobre outros pontos de vista.

REFLETIR sobre o lixo: de onde veio, para onde vai. Consumir moderadamente, dando preferência a produtos não tóxicos, biodegradáveis, recicláveis, com menos embalagem.

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  Redescobrir a solidariedade

"Quem faz o próximo sofrer pratica o mal contra si mesmo. Quem ajuda aos outros ajuda a si mesmo"
Leon Tolstoi Por que a sensação de solidão é tão comum em nossos dias? Pode ser por não nos sentirmos parte da família humana, com a qual precisamos nos unir, trocar idéias, nos relacionar. Por que isso acontece principalmente nas grandes cidades? Vamos pensar juntos…

No começo da noite, em muitos lugares do mundo, as pessoas voltam para casa após um dia de trabalho, estudo e ocupação. Ao entardecer, a maioria de nós, habitantes dos centros urbanos, não consegue admirar, no meio dos prédios e da iluminação das ruas, como é bonita a chegada da noite. Esquecemos do magnífico céu estrelado pairando sobre nossas cabeças e passa desapercebido que todos somos irmãos, filhos e filhas de um fenômeno muito raro, que é a vida.

Banalizados pelo cotidiano e movidos por um gesto rotineiro, damos uma pausa ao nosso corpo, depois de uma dura jornada. Apertamos o botão da televisão. Várias telinhas ligadas, em diversos lares do mundo, mostram cenas de um colorido fantástico. Na novela das oito, a atriz desfila, com seu corpo perfeito, as roupas da moda. Imagens de carrões e riqueza, seja nas propagandas ou nos filmes, passam a mensagem de que luxo, beleza do corpo e sucesso são os objetivos fundamentais da vida.

Esse culto a uma imagem bonita e rica gera um modelo de perfeição impossível de ser alcançado. Mas alimenta, economicamente, vários setores da sociedade. De alguma maneira, todos entramos no embalo desse movimento insaciável e imediatista, onde o individualismo e a competição são personagens principais no cenário da sociedade financeira. Porém, poucos são os privilegiados que têm esses recursos.

Na televisão vemos também o noticiário. Tomamos conhecimento de que o que ganham as duzentas pessoas mais ricas do mundo é igual ao que ganha quase 40% de toda a humanidade. Ao mesmo tempo, vemos cenas de fome e de dor no meio da riqueza! Indignados pelo sofrimento causado por essa desigualdade, automaticamente compartilhamos essa angústia com os demais e, nesse instante, nos unimos à família humana. A solidariedade nos diz: pertencemos a um conjunto, a um todo. Somos um corpo único, onde cada parte sustenta a outra. Essa consciência nos faz pertencer à coletividade. O que acontece a alguém, de alguma forma, acontece conosco ou se reflete na nossa vida. Daí surge o significado de solidariedade: sentimento que leva os seres humanos a se auxiliarem mutuamente, partilhando a dor com o outro ou se propondo a agir para atenuá-la.

A solidariedade nos distancia da angústia, do isolamento, e nos transporta para o aconchego do convívio: o chocolate quente compartilhado nas noites de inverno, o acalento da mãe ao choro da criança, o abraço amigo na perda de um ente querido. A solidariedade é a magia que nos faz pertencer a uma sociedade e não a uma multidão de vidas desagregadas. Queiramos ou não, temos os mesmos interesses, traçamos em conjunto a mesma história.

A solidariedade é, também, o alicerce que nos sustenta para enfrentar os conflitos que sempre fizeram parte da vida. Desacertos e sofrimentos estão presentes em todas as esferas: veja a terra árida após a queimada, os rios transbordando nas matas, a lava do vulcão petrificando os animais. A história da Terra, da humanidade, da nossa vida, é marcada por conflitos em diversas situações limites: doença, desemprego, desilusão amorosa, fracasso, morte e solidão. Cabe a cada um aprender a lidar com eles, apoiando e sendo apoiado por outros homens e mulheres.

É preocupante pensar que os meios de comunicação desviam nossa atenção da solução dos problemas sociais mais urgentes: as dificuldades para sustentar uma família, a educação das crianças, as filas nos hospitais. Redescobrir a solidariedade é perceber que não somos indivíduos sem vínculos. Fazemos parte da espécie humana. Somos amor, sonho, alegria. Dependemos de nossa comunidade. Estamos ligados à nossa história e a nossos descendentes. Somos herdeiros e agentes de cultura. Somos cidadãos do planeta Terra.

Temos pela frente o desafio de estar atentos a problemas mais essenciais de nosso tempo e de nossas vidas. É o momento de perguntar: estamos realmente envolvidos com os problemas sociais e ambientais? Lucro ou beleza eqüivalem a felicidade? Sou solidário com as pessoas, preocupado com a sociedade ou penso mais nos meus interesses pessoais? Estou disposto a ajudar pessoas de cor, nível social e religião diferentes?

Movidos pelo sonho de continuar
ajudando, enquanto houver uma só pessoa
necessitada, vamos nos lembrar de quatro
saberes importantes para deixarmos de ser
SOLITÁRIOS e nos tornarmos SOLIDÁRIOS:


ALIENAÇÃO. Estamos nos acostumando com as injustiças e criamos uma espécie de apatia coletiva que nos impede de agir para viabilizar um mundo melhor. Toda ação é válida, não importa quão pequena ela seja.

SAÚDE COLETIVA. Cada habitante da Terra desempenha seu papel na saúde do mundo. Não podemos dar as costas aos milhões que sofrem.

RIQUEZA E POBREZA. Os recursos do planeta seriam suficientes para preencher as necessidades de todos os habitantes, desde que distribuídos com justiça. Desperdiçamos toneladas de alimentos e milhões passam fome.

PODER PESSOAL. Nossas atitudes podem ser transformadoras para o meio que nos cerca. Como uma alavanca que impulsiona um mecanismo, podemos gerar um poderoso movimento por meio de nossas atitudes. Seremos, então, co-protagonistas no palco de nossa história.

>> Atividade


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