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Avaliação mediadora:
uma relação dialógica na construção
do conhecimento. |
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Jussara Maria Lerch Hoffmann |
Você já ouviu a palavra
epistemologia? Qual a relação desta
palavra com o cotidiano do professor? Pois esta é
a essência de seu trabalho. Numa sala de aula temos
três elementos: o professor, os alunos e o conhecimento.
Como estes três elementos se interrelacionam? São
muitas as respostas possíveis!
Imagine uma aula sobre células. O professor apropriou-se
deste saber possivelmente numa outra situação
educativa (numa aula, ou fazendo pesquisas, etc). O aluno
não estudou tanto quanto o professor, mas já
tem suas hipóteses sobre células (mesmo
uma criança de pré-escola já pode
ter ouvido este termo na televisão, ou, se nunca
ouviu, a palavra pode lhe sugerir alguma coisa).
Temos então o professor, o aluno e um tema que
será objeto de conhecimento (as células).
A aula é um momento formalmente criado onde esses
três elementos se encontram. O professor sabe tudo
sobre células? Não. O aluno não sabe
nada sobre células? Possivelmente não. Podemos
pensar, então, que são dois sujeitos se
relacionando com o conhecimento na sala de aula: o aluno
e também o professor. O conhecimento se atualiza
quando aluno e professor se comunicam.
Desta forma, falar em epistemologia no contexto de sala
de aula fica mais fácil: estudo crítico
dos conhecimentos já acumulados pela ciência
(conhecimento já produzido sobre as células).
Mas professor e aluno têm papéis diferentes,
senão não poderíamos falar da relação
entre dois alunos.
O professor como parceiro mais experiente tem como
papel facilitar o acesso do aluno a este conhecimento.
Para a autora, da mesma forma que o professor faz a mediação
entre o conhecimento e o aluno, a avaliação
deveria mediar todo esse processo.
Assim como o médico, através de exames laboratoriais
e de sua avaliação clínica prescreve
medicamentos e outras medidas conforme o estado de saúde
de seu paciente, o professor deveria utilizar a avaliação
durante todo o processo de ensino-aprendizagem,
observando como o aluno está apreendendo o conhecimento,
que dificuldades enfrenta, que reformulações
em seu método de ensino devem ser feitas, etc.
Ou seja, a avaliação passa a ser um instrumento
de regulação da aprendizagem. |
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"Se o aluno é considerado um receptor passivo
dos conteúdos que o docente sistematiza, suas falhas,
seus argumentos incompletos e inconsistentes não são
considerados senão algo indesejável e digno
de um dado de reprovação. Contrariamente, se
introduzirmos a problemática do erro numa perspectiva
dialógica e construtivista, então o erro é
fecundo e positivo, um elemento fundamental à produção
de conhecimento pelo ser humano. A opção epistemológica
está em corrigir ou refletir sobre a tarefa do aluno.
Corrigir para ver se aprendeu reflete o paradigma positivista
de avaliação. Refletir a respeito da produção
de conhecimento do aluno para encaminhá-lo à
superação, ao enriquecimento do saber significa
desenvolver uma ação avaliativa mediadora."
"Ou seja, o acompanhamento do processo de construção
de conhecimento implica favorecer o desenvolvimento do aluno,
orientá-lo nas tarefas, oferecer-lhe novas leituras
ou explicações, sugerir-lhe investigações,
proporcionar-lhe vivências enriquecedoras e favorecedoras
à sua ampliação do saber."
"As exigências avaliativas, desprovidas muitas
vezes de significado quanto ao desenvolvimento efetivo das
crianças e dos jovens, favorecem a manutenção
de uma Escola elitista e autoritária"
Publicação:
Série Idéias n. 22. São Paulo: FDE, 1994
Páginas: 51-59
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