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Boa noite
Sexta-Feira , 26 de Abril de 2024
>> Avaliação Interna
   
 
Avaliação participativa

Jacobo Waiselfisz


O autor deste artigo discute como o termo participação pode ser usado apenas como adjetivo de um processo, sem que isso signifique necessariamente uma participação efetiva dos membros envolvidos neste processo.
Na história da organização do trabalho, o autor aponta como, aos poucos, o homem perdeu a possibilidade de planejar seu próprio trabalho, transformando suas atividades, inclusive aquelas praticadas na escola, em práticas mecânico-burocratizadas .
O texto apresenta as quatro etapas de uma experiência de planejamento e avaliação participativa na Secretaria da Educação do Estado de Pernambuco, que tentou superar esta divisão entre quem planeja e quem executa. Para o autor, Planejamento e Avaliação podem ser instrumentos de transformação da realidade educacional, onde o homem (profissionais da escola) pode recuperar o caráter produtivo-criativo de sua atividade.

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"Historicamente, avaliar converteu-se numa atividade de julgamento das práticas educacionais, cujo centro se coloca fora dos atores que realizam tais práticas: alguém que qualifica o aprendizado dos alunos ou a justeza de um currículo, os resultados da prática de um projeto ou programa sobre determinada população, os feitos de alguma intervenção de certos agentes institucionais sobre o público-meta etc. Por outro lado, o participar coloca o centro das decisões nos sujeitos atores dos processos. E isto demarca um conjunto de tensões e contradições ainda não muito bem resolvidas, nem teórica, nem metodológica, nem praticamente."

"Com o advento do capital, ocorre a primeira separação entre o produtor e seus produtos: o trabalhador direto perde o controle dos resultados do seu trabalho, dos "produtos" por ele gerados, mas conserva ainda o controle do processo."

"Passo lógico na evolução das relações de trabalho sob o capital, estes métodos fizeram com que se operasse a segunda separação entre o produtor e seus produtos - desta vez, entre o trabalhador direto e os conhecimentos e habilidades de seu ofício."

"Os resultados, depois de 25 anos, aparecem nos múltiplos diagnósticos sobre nosso sistema educacional: diversas formas de padronização a partir de esquemas centralizadores, parcelamento do trabalho em uma multiplicidade de especializações, mecanização do trabalho pedagógico, degradação e aligeiramento da função da escola e do professor, etc.

"Não se trata só de declamar uma "boa vontade" institucional de participação; tem de se criar um mínimo de condições pedagógicas, administrativas e financeiras para que essa participação possa tornar-se efetiva; mais do que isso, para que seus resultados possam ser levados em conta."

"O objetivo básico de todo o processo se materializou nesta etapa: a elaboração do Plano da Escola, com a participação dos diversos agentes que atuam e afetam, direta ou indiretamente, o processo pedagógico. De modo mais concreto, cada escola do sistema tentou, de forma participativa, iniciar ou aprofundar o estudo e a análise da situação local (isto é, no âmbito de influência da escola), com relação a sua problemática social, econômica e educacional, para propor, a partir desse estudo, as medidas e soluções que, no campo estritamente educacional, permitissem superar ou diminuir os efeitos dos problemas analisados."

Publicação: Série Idéias n. 8. São Paulo: FDE, 1998
Páginas: 59-66

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