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Repensando a avaliação
da aprendizagem no curso noturno |
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Mere Abramowicz |
Este artigo aborda o conceito de avaliação
da aprendizagem e da relação entre avaliação
e controle. A autora analisa, ainda, a avaliação
enquanto um processo, colocando em evidência o conceito
de participação, principalmente num contexto
democrático. Essa visão ajudaria a promover
a qualidade de ensino, especialmente dos cursos noturnos.
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"A Escola noturna, segundo SPOSITO, "tem sido
tratada como resíduo pelo fato de profissionais e pesquisadores
considerarem a análise dos problemas da escola noturna
como tema menor". Se ela não tem sido objeto de
investigação, a avaliação, nela,
apresenta ainda menos trabalho a respeito."
"Percorrendo, rapidamente, a evolução do
conceito de avaliação da aprendizagem, pudemos
perceber o caminhar de uma concepção tecnicista
em que avaliar significava medir, atribuir nota, classificar,
para uma concepção de avaliação
crítica vista em um contexto sociopolítico-cultural
mais amplo, historicamente situada, autoconstruída,
transformadora e emancipadora."
"A prática da avaliação se explicita
por uma relação autoritária, conservadora,
que coloca os alunos como objetos, apassivados. Esse exercício
autoritário provém do poder que tem a avaliação
e que permite ao professor manter a disciplina, o silêncio,
a atenção dos alunos etc."
"Acreditamos em uma avaliação que parta
de uma concepção de apreensão de conhecimento
nem estática, nem cumulativa, mas dinâmica, contraditória
e criativa. O aluno é visto como sujeito do processo,
ativo, que não só memoriza e reproduz conhecimentos
mas também os constrói."
"Dessa forma, o aluno é participante ativo do
processo de avaliação, em todos os seus momentos,
também se auto-avaliando. Participação
na avaliação é sinônimo de avaliação
permanente. Aprender a avaliar-se e a criticar-se para melhorar
é a contribuição central da participação
para a avaliação."
Publicação:
Série Idéias no. 25. São Paulo: FDE,
1998
Páginas: 119-133
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