Publicado pelo site da AOL 13/04/2004

O rendimento médio das mulheres em 2002 (R$ 505,90) representava 70% dos ganhos médios dos homens (de R$ 719,90) no período, apesar de terem, em média, um ano a mais de estudo. Os dados constam da Síntese de Indicadores Sociais, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2002 e do Censo 2000.
Conforme o documento, quanto mais anos de estudo, maior a desigualdade entre homens e mulheres. No caso de ocupados com mais de onze anos de estudo, as mulheres recebiam R$ 829,20, o correspondente a 58% do valor recebido pelos homens, de R$ 1.416,30.
A respeito das diferenças por gênero, a pesquisa do IBGE também revela que, em 2002, a situação entre homens e mulheres era bastante desigual quanto ao cargo. Naquele ano, apenas 0,8% das mulheres eram empregadoras, enquanto entre os homens ocupados, esse percentual chegava a 5,5%.
O estudo ainda chama a atenção para expressiva participação das mulheres no mercado de trabalhadoras domésticas. Em 2002, essa proporção ficou em 14,5% para as mulheres, contra apenas 1% dos homens. A taxa de ocupados não-remunerados também é maior entre as mulheres, alcançando 13,4% contra 5,8% dos homens.

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