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Brasil terá 260 milhões de habitantes em 2050


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 31/08/2004

O Brasil já tem atualmente 181.586.030 habitantes, praticamente o dobro do registrado em 1970. Em 2050, serão 259,8 milhões de brasileiros, com expectativa média de vida ao nascer de 81,3 anos, nível já alcançado hoje pelo Japão. Os dados, divulgados ontem, fazem parte da Revisão 2004 da Projeção da População para o período de 1980-2050, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta para um envelhecimento acentuado da população, que traz, como reflexo, a necessidade de políticas públicas para acompanhar o crescente contingente de aposentados.
O documento mostra que, no início desta década, havia 18,3 idosos para cada grupo de 100 indivíduos entre 0 e 14 anos. Já em 2050, os idosos podem alcançar a marca de 105,6.
Em 2000, o grupo até 14 anos representava 30% da população brasileira, ante 5% dos acima de 65 anos. Em 2050, ambos ficarão empatados, com 18%. O número de brasileiros que ultrapassam a marca dos 80 anos também vem subindo consideravelmente. Em 1980, eles eram 600 mil, pularam para 1,6 milhão em 2000 e, segundo projeção do IBGE, poderão atingir a marca de 13,7 milhões.
O aumento da participação dos idosos na estrutura etária nacional, destaca o gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Juarez de Castro Oliveira, é decorrência da queda das taxas de fecundidade e mortalidade. Segundo ele, os dados sobre população idosa são preocupantes, pois vão exigir a formulação de políticas previdenciárias e de saúde que dêem conta do novo perfil populacional. Em 2000, para cada 100 pessoas em idade potencialmente ativa havia 8 acima de 65 anos, ou seja, numa faixa etária potencialmente inativa. Já em 2050, em cada grupo de 100, entre 57 e 58 pessoas poderão ser de idosos.
Apesar do aumento considerável do número de habitantes, a taxa de crescimento populacional vem declinando: passou de 3% ao ano em 1950-1960 para 1,44% em 2004 e poderá chegar a 0,24% em 2050. O IBGE calcula que o Brasil atingirá "crescimento zero" por volta de 2062.
A esperança de vida ao nascer do brasileiro, que ultrapassou a marca dos 70 anos em 2000, ainda é muito baixa se comparada ao Japão, líder do ranking da ONU. Oliveira usa o termo "nanodemografia" para definir o crescimento da expectativa de vida em países que já estão entre os de taxas mais elevadas, e faz uma comparação com o Brasil. "São países que estão no limite e que, para crescer um centésimo na expectativa de vida, vão precisar de grandes investimentos em biotecnologia e engenharia genética. Ao passo que, no Brasil, para reduzirmos 50% da mortalidade infantil, será preciso fazer ainda mudanças estruturais, como ampliar o acesso ao saneamento básico e à saúde e aumentar a escolaridade feminina."
A queda na taxa de crescimento populacional do País está relacionada com a queda na fecundidade. Até 1980 a média de filhos por mulher girava em torno de 4,06. Caiu para 2,31 em 2004 e pode passar para 1,85 em 2050. Embora ainda alta se comparada aos países vizinhos, o número de óbitos entre o grupo de menores de 1 ano também caiu consideravelmente. Baixou de 69,10 óbitos por mil nascidos vivos para 26,60 por mil em 2004.
Segundo o ranking da ONU relativo ao ano de 2000, o Brasil ocupa a 100.ª posição entre os 192 países analisados.
A Revisão 2004 é a primeira a incorporar as taxas de natalidade e mortalidade calculadas a partir do Censo 2000. O cálculo é feito ainda com base nas Estatísticas de Óbitos do Registro Civil 1999-2001 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) até 2001.
As estimativas do instituto são fundamentais para a formulação de políticas públicas. "Os vários programas destinados a populações-alvo vão ser quantificados a partir das projeções que estamos fazendo hoje", ressaltou Luis Antonio Oliveira, coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, acrescentando que o cálculo é feito com "extrema cautela". "Não se trata de um exercício acadêmico nem de experimentalismo."


O Estado de S.Paulo

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