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Butantã fechará parceria com EUA para vacinas


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 02/09/2004

(Adriana Dias Lopes)
O número 1 em vacinas no País segue em expansão. O Instituto Butantã, de São Paulo, responsável por 82% do volume produzido no Brasil, vai fechar acordos internacionais com instituições públicas americanas para fabricar vacinas contra quatro doenças. Do Instituto Nacional de Saúde dos EUA o Butantã vai receber tecnologias (ou vacinas semente) do rotavírus e da dengue. A tecnologia do HPV virá da Universidade da Carolina do Sul e a da leishmaniose, da Universidade Estadual de Washington. "Os contratos estão apalavrados", conta Isaías Raw, diretor-presidente da Fundação Butantã.
"Depois de um longo namoro, só falta formalizar tudo no papel para começamos a tocar o trabalho."
O inédito da transação é que se trata da primeira vez que ocorre um acordo com o governo dos EUA e um fabricante nacional de vacinas.
O Butantã sem dúvida tem seu mérito, mas Raw, além de ser bem relacionado, é quem muitas vezes busca pessoalmente as empresas para fechar parcerias.
Antes de assumir a presidência da fundação, foi, por exemplo, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e presidente da Associação Internacional de Produtores de Vacina de Países em Desenvolvimento.
Os acordos com os americanos são, na verdade, uma espécie de troca de gentilezas. De um lado, o Brasil ganha a tecnologia. De outro, as entidades estrangeiras têm quem faça por elas a pesquisa clínica (teste em humanos) e a produção. Há uma explicação para o fato de um país de Primeiro Mundo estar interessado em doenças como leishmaniose, dengue e rotavírus. "Os EUA têm soldados espalhados pelo planeta em contato com as mais variadas doenças", diz Raw.
A leishmaniose (infecção transmitida por inseto que se reproduz nas fezes do cachorro), por exemplo, atinge 500 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 2,3 mil casos em 2003. Em 1992, eram 1,8 mil. A dengue atingiu no Brasil 341,8 mil pessoas no ano passado. Em 1992, eram apenas 1,6 mil. Já o rotavírus (microorganismo que causa diarréia violenta) é responsável pela morte de 600 mil crianças com menos de 5 anos no planeta. Por fim, o HPV (vírus que pode causar câncer no cólon do útero) atinge, de acordo com o Hospital do Câncer, 1 em cada 4 mulheres.
"Depois de assinados os acordos, as vacinas deverão ir para os postos de saúde em dois anos", promete Raw. "O Ministério da Saúde tem tudo para comprá-las, porque terão o preço das demais. Não vão custar mais do que US$ 1,50."


O Estado de S.Paulo

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