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Sem assistência, 500 mil mulheres morrem por dia


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 16/09/2004

Embora a Conferência do Cairo tenha dado grande ênfase à necessidade de garantir a saúde feminina, pouco se conseguiu avançar, ao longo dos últimos dez anos nesse campo. Atualmente, mais de 500 mil mulheres morrem todo dia de complicações relacionadas à gravidez - número que corresponde a uma morte por minuto. "Este índice não mudou, desde o consenso", constata a encarregada do Fundo da População no Brasil, Tania Patriota.
Grande parte das mortes poderia ter sido evitada com o acesso a partos assistidos e cuidados obstétricos de emergência. O relatório da ONU mostra que a pobreza está intimamente ligada ao problema. O risco de uma mulher morrer durante a gestação ou parto na África Ocidental é de 1 em 12. Em países desenvolvidos, o risco é de 1 em 400. O trabalho revela ainda que as diferenças ocorrem mesmo dentro de um mesmo país. No Nepal, por exemplo, a taxa de partos assistidos por técnicos de saúde é elevada entre as camadas mais favorecidas da população, enquanto entre camadas mais pobres essa assistência é extremamente rara.
"Os números comprovam algo que há tempos vem sendo defendido: é preciso melhorar o acesso ao planejamento familiar e garantir a assistência obstétrica", diz Tania. Ela observa, no entanto, que vários países passaram a ampliar as opções de método de planejamento familiar.
Apesar de uma relativa melhora, a doação de produtos usados na saúde reprodutiva diminuiu. De acordo com o relatório, entre 2000 e 2015, estima-se um aumento de 40% no número de usuários de contraceptivos de países em desenvolvimento.
Outro problema que chama a atenção da ONU é a gravidez precoce. "Problemas obstétricos são a principal causa de morte entre 15 e 19 anos. Sem contar que, quanto mais cedo mulheres têm filhos, maior o risco de elas abandonarem os estudos. A idéia não é reduzir o número de gestações, mas retardá-las."


O Estado de S.Paulo

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