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Mulheres querem mudar padrão de beleza


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 30/09/2004

(Alessandro Greco de Gabriella Sandoval)
Diariamente imagens vindas de todos os lados, de anúncios na TV a outdoors, vendem a imagem de que beleza é magra e o ideal é ser tão magra quanto os anúncios. Mas pesquisa feita com 36 mil mulheres de dez países, entre eles Brasil, apresentada ontem, mostrou que 76% delas querem que a mídia mude a maneira de representar a beleza. "Vivemos uma doença cultural. Essa magreza absoluta é ideal. O que as mulheres estão dizendo é que querem ser retratadas de forma real", disse o psicólogo Marco Antonio de Tommaso na entrevista para apresentar os resultados.
O estudo patrocinada pela marca Dove, do grupo Unilever, traça um retrato do que pensam as mulheres de Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão e Portugal e mostra um paradoxo. Enquanto 2% das mulheres se diriam belas - no Brasil, 6% -, elas afirmam que beleza está ligada a felicidade, bondade, confiança e dignidade. "Espero que a pesquisa gere debates sobre o que é beleza", disse em vídeo gravado a pesquisadora Nancy Etcoff, professora da Universidade de Harvard que coordenou o estudo feito pela empresa StrategyOne. "Hoje beleza é para um pequeno grupo de supermodelos."
Patrícia Cristina Cabral de Sousa, de 17 anos, trabalha em uma loja de grife onde o quesito básico é um atributo que ela não vê em si própria: a beleza.
"Não me acho bonita. No meio da multidão sou apenas mais uma." Para ela, a mídia impõe uma imagem de beleza "inalcançável". "Eu jamais ficaria com o protótipo de uma modelo", diz a estudante que não gosta do tamanho dos quadris.
O problema do físico ideal aparece também no índice de insatisfação das mulheres com sua beleza e atração física. Nesse item, as japonesas ficam em primeiro lugar (59%) e as brasileiras, em segundo (37%). Isso se reflete no número de brasileiras que já pensaram em fazer plástica (54%). "O problema é que a natureza pode ser modificada até certo ponto. Depois há angústia e ansiedade", diz o psiquiatra Alberto Goldin que também estava na apresentação.
Exagero - Levantamento feito por Tommaso, com 140 modelos, mostrou todas insatisfeitas com o corpo. Uma disse até que queria fazer cirurgia de redução do estômago.
A estudante de turismo Caroline Fialho Wobeto, de 33 anos, ex-promotora de feiras e eventos, se acha bonita e tem auto-estima. Mas está insatisfeita com o tamanho dos seios. "Gostaria de colocar um pouco de silicone." Para ela, os homens valorizam mais o físico que o intelecto.
Os excessos da beleza física ideal estão fadados a desaparecer no que depender do pensamento racional das mulheres. Na pesquisa, 86% disseram que querem que suas filhas se sintam belas mesmo que não sejam fisicamente atraentes e 57% acham a beleza um atributo muito pequeno. O problema é o lado não racional. As belas e magras são o que a mulher gostaria de ser.


O Estado de S.Paulo

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