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Cresce o ensino médio no País, mostra censo


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 07/10/2004

(Lisandra Paraguassú)
O ensino médio no Brasil está crescendo, mas no ensino técnico e na educação de jovens e adultos (EJA). Dados preliminares do Censo da Educação Básica, divulgados ontem pelo Ministério da Educação, mostram que o crescimento nesse nível, ao contrário do esperado, não ocorreu no ensino médio regular. Entre 2003 e 2004, o aumento das matrículas foi de apenas 1%. Em compensação, há 18% mais pessoas fazendo o EJA (antigo supletivo) e 14,5% alunos a mais no ensino técnico.
O presidente do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação (Inep), Eliezer Pacheco, disse que o governo esperava um crescimento maior no ensino médio regular. "Acreditamos que possa ter havido uma migração para o EJA, por pressão do mercado de trabalho, com o jovem querendo acelerar sua formação." No EJA, a formação pode ser concluída em até um ano, em vez dos três anos regulares.
O ensino técnico também poderia ter atraído mais jovens, já que, além do ensino tradicional, oferece formação técnica, facilitando a inserção no mercado de trabalho. "É uma situação até mais de acordo com a realidade econômica do País."
A avaliação do MEC é que o gargalo no ensino médio ainda não começou, mas deve vir nos próximos anos. O crescimento de apenas 1% este ano não seria por falta de vagas, mas pela migração para os outros tipos de ensino. No entanto, alguns Estados - especialmente no Nordeste - já estão reclamando da falta de condições de ampliar o ensino médio.
Maranhão, um dos mais problemáticos, foi o que mais aumentou as matrículas no ensino regular - 23,3% - e teve uma das maiores altas no EJA do ensino médio. No Pará, o crescimento do ensino médio regular registrado foi de apenas 3%, mas a Secretaria de Educação calcula a necessidade do Estado em mais 10% de vagas por ano.
O censo também registrou um crescimento alto nas matrículas das creches e da pré-escola. Nas creches - regularmente o nível de ensino com pior atendimento -, houve aumento em todo o País, sendo os maiores índices no Centro-Oeste e no Sudeste. Na pré-escola, Norte, Nordeste e Centro-Oeste concentram o crescimento, acima de 10%. No Sul e Sudeste o aumento foi quase inexistente. "O crescimento houve mesmo nas regiões onde tradicionalmente o atendimento era mais precário", explicou Pacheco.
O atendimento, no entanto, cresceu mais nas escolas privadas - 12,4%. As municipais também aumentaram as matrículas em 7,3%, enquanto os Estados diminuíram em 8% o número de alunos. Nas creches, os governos estaduais também reduziram o atendimento e o crescimento ficou concentrado nas escolas municipais e privadas.
A queda registrada ocorreu no ensino fundamental, uma redução de 1,2%. "É uma tendência que vem se confirmando. A correção do fluxo, com menos repetência, e a redução da taxa de natalidade da população, além do fato que o ensino fundamental já estar universalizado desde 1998, leva a esse decréscimo."


O Estado de S.Paulo

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