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Uso de recursos excede capacidade do planeta


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 22/10/2004

O consumo mundial dos seres humanos excede em 20% a capacidade de renovação dos recursos naturais do planeta. O cálculo é do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e foi divulgado ontem por seu diretor-geral, Claude Martin, durante a apresentação do relatório Planeta Vivo. A organização também alertou que, como conseqüência desse consumo exagerado, uma espécie animal terrestre ou aquática desaparece do mundo a cada 13 minutos.
O relatório de ontem é o quinto elaborado pelo WWF. Segundo Martin, esse consumo dos recursos naturais além da capacidade do planeta de renová-los significa que a humanidade está comendo o "capital biológico" da Terra. "Estamos contraindo uma dívida ecológica que não poderemos assumir, a menos que os governos restaurem o equilíbrio entre o consumo de recursos naturais e a capacidade do planeta para renová-los", acrescentou.
O documento do WWF ressalta que, enquanto em 1970 o consumo humano era equivalente a 60% da capacidade de renovação biológica, atualmente é o dobro, uma situação insustentável. Também destaca que houve um aumento de 700% no consumo de energia desde 1961, ano da fundação do WWF. "Por isso, temos sete vezes menos potencial de energias não renováveis", disse. "As conseqüências em termos de mudanças planetárias são desconhecidas."
EXTINÇÕES
Um dos autores do relatório, Jonathan Loh, disse que desde 1970 foi registrado uma diminuição de 40% das espécies naturais silvestres do planeta. Esse declive é de 50% para as espécies terrestres e marinhas e de 40% para os aqüíferos, e a tendência é de piorar.
Loh afirmou que a degradação ambiental é conseqüência da destruição do hábitat das plantas e dos animais silvestres. Particularmente do desflorestamento, da contaminação do ar e da água, da exploração dos recursos marítimos pela pesca excessiva e da invasão de espécies não autóctones em algumas regiões do planeta.
O WWF destaca que é sobretudo o consumo excessivo, e especialmente o de energias não renováveis por parte dos países industrializados, que mais influi na degradação ambiental. "Se todo o mundo consumisse ao ritmo do mundo desenvolvido e todos atingissem o nível do cidadão médio americano, estaríamos diante de uma situação insustentável", disse Loh.
Martin, por sua vez, afirmou que ao ritmo atual de consumo "não se poderão cumprir" os objetivos para o desenvolvimento fixados pelas Nações Unidas, que incluem a redução da pobreza no mundo.


O Estado de S.Paulo

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