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País continua distante do equilíbrio ambiental


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 05/11/2004

(Karine Rodrigues)
Apesar dos avanços alcançados pelo País desde a década passada, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem revela que ainda estamos longe de vencer o desafio do desenvolvimento sustentável - ou seja, atender às necessidades da população sem comprometer os recursos para gerações futuras.
Os números apontam para um legado ambiental desalentador: rios e praias poluídas, terras em processo de desertificação, ar contaminado, acentuado aumento de queimadas e um desmatamento que já consumiu uma parte da Amazônia e reduziu a 10% a vegetação nativa da mata atlântica.
Publicada pela primeira vez há dois anos, a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2004 traz dados que permitem acompanhar se o País segue os princípios do desenvolvimento sustentável, baseado não só no crescimento econômico como também na justiça social e no equilíbrio ambiental - diretrizes da Agenda 21, aprovada por mais de 180 países na Rio-92.
A pesquisa traz estatísticas do IBGE e de outras instituições e adapta para a realidade brasileira o Livro Azul - documento feito pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável da ONU para facilitar comparação internacional do padrão de sustentabilidade.
Número de áreas de preservação fica abaixo da média
Há mais terra destinada à conservação dos recursos, mas é preciso que uma parcela maior dos biomas seja protegida, diz especialista
O Brasil manteve a verba destinada para a proteção do meio ambiente e aumentou o número de áreas de proteção ambiental - contradições que aparecem nos registros do IBGE: houve uma ocorrência maior de queimadas e incêndios; os gastos do governo federal com a proteção do meio ambiente ficaram em 0,5% do total de despesas em 2000; e as áreas de preservação ambiental saltaram de 150 mil quilômetros quadrados em 1992 para 250 mil quilômetros quadrados no ano passado.
Em um país que abriga em seu território a maior biodiversidade do planeta, a existência de áreas protegidas é fundamental, destaca o coordenador de Indicadores Ambientais do IBGE, Judicael Clevelario. \"O indicador tem melhorado, mas é preciso um esforço muito grande do País para que uma maior parcela dos biomas seja protegida\", ressalta Clevelario.
Segundo ele, apesar do aumento registrado, as extensões de terra destinadas à preservação e conservação dos recursos naturais ainda está abaixo da média mundial - que é de 5% da superfície total do bioma. Por essa meta, entre os biomas brasileiros, apenas a Amazônia está mais próxima do padrão internacional: tem 4,86% de sua área protegida.
CONCENTRAÇÃO
E é justamente na Amazônia que estão concentradas a maioria das unidades de proteção e conservação federais. Números relativos a 2003 mostram que a região tem 76,1% das unidades. O cerrado fica com 13,9%, a mata atlântica com 4,2% e a caatinga com apenas 1,2%. \"É necessário ampliar os números em áreas como o Brasil central, a caatinga e os campos do sul\", diz o pesquisador.
No caso do cerrado, a proteção pode deter o avanço da agropecuária. Já no bioma pantanal, as maiores ameaças vêm, por exemplo, do turismo descontrolado e da ocupação desordenada das cabeceiras dos afluentes do Rio Paraguai. A maior parte das áreas protegidas, detalha Clevelario, está situada em florestas (33,7%) e em parques nacionais (30,6%), seguido de reservas extrativistas (9,4%) e biológicas (6,3%).
Em relação aos biomas costeiros, que engloba estuários e manguezais, os maiores entraves à conservação são a especulação imobiliária, a abertura de rodovias e a expansão de portos e cidades, além do turismo desordenado. Judicael enfatiza que a degradação dessas áreas vai afetar, diretamente, no ambiente marinho, prejudicando, por exemplo, a pesca.


O Estado de S.Paulo

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