Publicado pelo jornal Folha de S.Paulo 14/11/2004

A grande seleção brasileira da arte contemporânea mundial, na Bienal; uma vasta coleção africana, com 1.100 obras do acervo do artistas plástico Emanoel Araújo, no Museu Afro-Brasil; esculturas, projetos e desenhos na exposição "A Mais Completa Tradução: "Monumento às Bandeiras" de Victor Brecheret", no MAM; trabalhos de grande porte, na sede do MAC; e cem anos moda na "Fashion Passion", na Oca. Tudo isso em um mesmo espaço. Se São Paulo tem sua alta temporada das artes plásticas, a maior parte do mérito é do parque Ibirapuera, roteiro obrigatório dos maníacos por exposições ou daqueles com interesses particulares.
As amigas Patrícia Golovenesky, 49, supervisora de promoção, e Silvia Adami, 59, decoradora, que visitaram a exposição "Fashion Passion" da Oca na última semana, recomendam as atrações do Ibirapuera, mas com moderação. Para Golovenesky, "não dá para ver tudo em um dia apenas". "O ideal é ver cada coisa de uma vez. Três horas por dia, durante três dias." "E parando para almoçar", completa Adami.
Já os amigos Marcelo de Carvalho, 26, e Bruno Sartti, 26, acreditam que é possível ver mais de uma exposição em um dia se for feito um "recorte". "Dá para ver um pedaço da Bienal e a Oca toda", exemplifica Carvalho.
A vantagem do Ibirapuera é que, se o visitante resolve dedicar o dia à arte, há inúmeros locais para descansar entre uma exposição e outra.

Folha de S.Paulo

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