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Em 2003, menos casos de aids em São Paulo


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 30/11/2004

Simone Iwasso


Responsável por 18% dos casos do País, a cidade de São Paulo registrou uma queda na incidência de pessoas contaminadas pela aids - fato que tem se repetido nos últimos quatro anos. Além disso, conseguiu pela primeira vez desde 1998 ter menos de mil mortes decorrentes da doença, segundo dados do Boletim Epidemiológico de Aids do Município de São Paulo, divulgado ontem pela Secretaria Municipal da Saúde.
Em 2003, foram registrados 25 novos casos por 100 mil habitantes, abaixo dos 31 ocorridos em 2002. Em relação à contaminação da população feminina, a que mais cresceu nos últimos anos, preocupando autoridades mundiais de saúde, São Paulo mantém uma média próxima ao resto do País.

Entre as mulheres, houve 16 casos por 100 mil habitantes, e entre os homens, 35. Comparando, existem cerca de dois homens contaminados para cada mulher que adquire a doença. No Brasil, segundo o Programa Nacional de DST/Aids, a cada 1,8 caso de doença entre homens, existe 1 entre mulheres.

A diminuição dos casos e da mortalidade, para o secretário municipal da Saúde, Gonçalo Vecina, deve-se a uma combinação de fatores: distribuição dos medicamentos retrovirais, programas para cada tipo de população, como mulheres casadas, usuários de drogas e travestis, e distribuição de preservativos masculinos e femininos.

\"O fato de a doença atingir mais mulheres é uma tendência mundial. Em São Paulo, houve diminuição na incidência entre homens e mulheres, mas essa queda foi menor na população feminina. Precisamos continuar a disponibilizar métodos de prevenção para as mulheres, oferecer orientação nas unidades de saúde e precisamos também do apoio da mídia, porque a promoção da saúde é basicamente educação\", diz o secretário.

Para organizações que trabalham com prevenção e apoio a portadores da doença, a queda nos índices não se deve apenas a um esforço governamental. \"De fato, o índice de contaminação e mortalidade caiu, mas ainda há 79 pessoas que se contaminam no país todos os dias. Isso significa que as campanhas são falhas e que faltam projetos\", afirma Gil Casimiro, do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), que milita pelos direitos dos portadores de HIV. \"A gente admite que tem avanços, mas isso aconteceu também pelo trabalho das cerca de 110 instituições não-governamentais que há anos realizam ações de prevenção e orientação em São Paulo\", diz.

Ainda segundo o boletim, a doença mostra inclinação na direção da periferia, com aumento dos casos nos distritos carentes de São Miguel Paulista ( zona leste) e Parelheiros (zona sul). O terceiro lugar a ter aumento foi a Vila Mariana, bairro de classe média, o que pode ser explicado, de acordo com os organizadores dos dados, pelas contaminações entre homossexuais.


O Estado de S.Paulo

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