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Reitor defende tese da diferença entre sexos


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 19/01/2005

Lawrence H. Summers, reitor de uma das mais conceituadas instituições de ensino e pesquisa nos EUA, a Universidade Harvard, pediu desculpas por ter ofendido algumas mulheres em uma conferência acadêmica na semana passada, quando sugeriu que diferenças inatas entre os gêneros podem explicar por que menos mulheres são bem-sucedidas na ciência e nas carreiras matemáticas. Anteontem, ele defendeu seus comentários e lamentou se foram mal interpretados. "Peço desculpas por qualquer tipo de desentendimento, mas acredito que levantar questões, discutir fatores múltiplos que possam explicar um problema difícil e procurar entender como se inter-relacionam é vital", disse.
Várias mulheres que assistiram à conferência disseram estar surpresas ou ultrajadas com os comentários de Summers. Denice D. Denton, representante da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, questionou Summers duramente durante a conferência, dizendo que ela precisava "dizer a verdade ao poder".
Nancy Hopkins, professora de biologia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), saiu no meio do discurso do reitor, que foi secretário do Tesouro do ex-presidente Bill Clinton. Hopkins já liderou uma investigação sobre discriminação de gênero que levou a reformas na contratação e promoção no MIT. "Quando Summers começou a falar sobre as diferenças de aptidão entre homens e mulheres, eu simplesmente não podia respirar porque esse tipo de preconceito me faz ficar fisicamente doente", disse a professora. "Não vamos nos esquecer de que as pessoas costumavam dizer que mulheres não podiam dirigir automóveis."
Nem todas as reações são negativas, como pôde ser observado entre algumas acadêmicas. Para a organização da conferência, ele é "muito bom para estimular o debate" e se preocupa em aumentar a diversidade na ciências e na engenharia, especialmente "porque temos muito mais mulheres obtendo pós-doutorados nessas áreas do que nunca".
Cerca de 50 acadêmicos de todo o país, muitos dos quais economistas, participaram da conferência intitulada "Diversificando a Ciência e a Engenharia de Trabalho: Mulheres, Minorias Subvalorizadas e suas Carreiras em Ciência e Engenharia". Summers chegou depois de uma palestra que ocorreu no período matutino e falou em um almoço, discursando de forma improvisada. Nenhuma transcrição foi feita porque assim a conferência foi planejada, a fim de abrir espaço para que participantes pudessem falar francamente sem temer a incompreensão pública.
Catherine Weinberger, pesquisadora da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, acredita que Summers tentava apenas examinar outras hipóteses além da discriminação para a subvalorização da mulher. "Eu entendi aonde ele queria chegar e não me senti ofendida", disse Weinberger.
(do The New York Times)


O Estado de S.Paulo

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