Municipal anuncia programação para março |
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Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 28/02/2005 |
(João Luiz Sampaio)
As séries temáticas dedicadas ao repertório brasileiro e uma nova temporada para os corpos estáveis do Municipal só devem chegar, como avisou o maestro Jamil Maluf, em abril. Para março, porém, acaba de ser anunciada uma agenda de apresentações que terá início domingo (reinaugurando a série de concertos matinais) com a Sinfônica Municipal e um concerto de aberturas e coros de óperas famosas. Outros destaques incluem o Rei Davi de Honegger, um concerto com participação do Quarteto de Cordas da Cidade e o Porgy and Bess de Gershwin.
A regência, nesse primeiro concerto, será de Mário Zaccaro, à frente ainda do Coral Lírico Municipal. A tônica, aqui como no restante da agenda anunciada, é a participação de artistas dos corpos estáveis, que aparecem na série didática (dias 8, 9 e 10, às 12h30, com o espetáculo Vamos Entender de Ópera?) ou em outros concertos: são, em sua maioria, cantores alçados das fileiros do Coral Lírico e do Paulistano, como Berenice Barreira, José Palomares, Eloísa Baldin, e assim por diante.
Em meio aos concertos anunciados, há alguns pontos interessantes. No dia 11, por exemplo, a Sinfônica Municipal recebe Roberto Tibiriçá, o primeiro convidado de uma lista que se pretende grande já que, por ora, não há um novo regente titular para a orquestra. Será uma apresentação especial, para comemorar os 70 anos do Quarteto de Cordas da Cidade: começa com a exibição do documentário de Ugo Giorgetti, Variações sobre um Quarteto de Cordas, segue com a interpretação do concerto para quarteto e orquestra de Gnatalli e termina com duas peças de Ravel, La Valse e Daphne.
Outro concerto importante é o que marca a abertura da temporada da Orquestra Experimental de Repertório, com a regência de seu titular, e novo diretor artístico do Municipal, Jamil Maluf. A importância está no repertório, já que é sempre bom ouvir Gershwin, ainda mais em uma peça como Porgy and Bess, mas também no elenco: o baixo José Gallisa, a soprano Edna D’Oliveira e o barítono Sebastião Teixeira. A apresentação está marcada para o dia 13, domingo.
Já no dia 18, a atração é o oratório O Rei David, de Arthur Honegger. A peça é um divisor de águas importante na música do século 20. Nascido em 1892, Honegger fazia parte do que se convencionou chamar de Grupo dos Seis na França, ao lado de Darius Milhaud, Georges Auric, Germaine Tailleferre, Francis Poulenc e Louis Durey. O que os une é a tentativa de encontrar uma alternativa para a música francesa, livre das influências do impressionismo e da produção wagneriana. Acabaram inaugurando a música moderna francesa e, nesse processo, Rei David é parada fundamental. A regência será de Mara Campos, à frente da Sinfônica Municipal e do Coral Paulistano.
Nesse primeiro pacote de apresentações do ano três dias ficaram com o Balé da Cidade (1.º, 2 e 3 de abril), que reapresenta coreografias dos últimos anos, como Axioma 7, de Ohad Naharin, Adagietto, de Oscar Araiz, e Sinfonia de Réquiem, de Vasco Wellenkamp. O acompanhamento é da Sinfônica Municipal, com regência de Paulo Nogueira.
O Estado de S.Paulo
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