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Tratamento para baixa visão pode ajudar escolares


Publicado pelo site da USP 12/12/2006

A maior parte das crianças com o problema só são encaminhadas para serviços especializados quando percebem as dificuldades escolares. Quanto mais cedo isso ocorrer, menores serão os impactos na vida escolar

Juliana
Cardilli


Além de orientações específicas para as crianças, sobre como usar os aparelhos e também como facilitar os estudos (reforçando as letras no caderno, por exemplo), é preciso também haver orientação para a família e a escola

Apesar das dificuldades visuais de 80% das crianças com baixa visão serem percebidas no primeiro ano de vida, a maioria delas só é encaminhada para serviços especializados na idade escolar, quando os problemas se evidenciam mais. Na Faculdade de Medicina (FM) da USP, uma pesquisa realizada com escolares de baixa visão mostra que, se houvesse atendimento especializado logo após a detecção do problema, as dificuldade escolares poderiam ser menores.

A médica Maria Aparecida Onuki Haddad investigou uma série de fatores e condições de escolares com baixa visão em seu doutorado na Faculdade de Medicina (FM) da USP. Ela conta que a visão normal, segundo a Organização Mundial da Saúde, corresponde em uma escala ao valor 1. A baixa visão ocorre quando o paciente enxerga com o melhor olho entre 0,3 e 0,05. "Não é cegueira, a pessoa tem respostas visuais, mas é uma visão muito comprometida. Por isso, as crianças em idade escolar com esse problema formam uma população com necessidades muito especificas", explica a médica, que buscou ver as dificuldades desses pacientes obtendo informações que possam auxiliar no desenvolvimento de ações para prevenção, detecção, tratamento e reabilitação de problemas visuais na infância.

Avaliações
Maria Aparecida avaliou 115 escolares entre 7 e 16 anos, do sistema público de ensino, que não possuíam nenhuma outra deficiência. Todos eles eram atendidos na Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara) ou no Hospital das Clínicas da FM, onde a médica atua. "Foi feita uma avaliação oftalmológica tradicional e outra especializada em baixa visão, onde, com testes especiais, estudamos melhor as respostas visuais, como sensibilidade ao contraste, campo visual, visão de cores. Deste modo, foi possível conhecer o padrão da sua resposta visual, ou seja, como a criança enxerga", explica.

Essa pesquisa possibilita ver qual o tipo de auxilio visual a criança precisa, desde óculos comuns de grau, até auxílios especiais para baixa visão. "Os auxílios especiais podem ser não ópticos, como letras ampliadas, canetas mais fortes para melhorar o contraste do que é escrito, e podem ser ópticos, como lupas, sistemas telescópicos que podem ajudar a criança a realizar a leitura da lousa. Existem também os auxílios de videomagnificação, que ampliam a imagem num monitor e são geralmente usados quando a visão é muito baixa" explica a médica.

Maria Aparecida também pesquisou a origem da baixa visão, encontrando as causas infecciosas, como a toxoplasmose congênita, em primeiro lugar. "Depois, vêm a catarata congênita, doenças hereditárias de retina e diversos tipos de má formação ocular", conta. "A maior parte das doenças oculares que levam à baixa visão estão presentes ao nascimento e por isso é muito importante o trabalho conjunto do pediatra com o oftalmologista".

Propostas
Além de orientações específicas para as crianças, sobre como usar os aparelhos e também como facilitar os estudos (reforçando as letras no caderno, por exemplo), é preciso também haver orientação para a família e a escola. "Quanto mais cedo ela tiver o apoio da família, da comunidade em que vive, dos professores e de seus colegas, menor será a dificuldade escolar", explica a médica.

No Brasil, os serviços especializados na reabilitação da baixa visão ainda são poucos e muitos profissionais ainda não conhecem. "A maior parte dos entrevistados não conhecia outro serviço além de onde era tratado", conta a médica. "A divulgação e a orientação para a comunidade são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de quem tem baixa visão. Política


Portal USP

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