"Como respeitar a genialidade que habita tantos adolescentes,
sem provocar a loucura que se esconde por trás dela?
Como estimular a valentia dos nossos jovens sem favorecer
a violência e a criminalidade? O desafio está
em combater o vício das drogas, sem inibir essa preciosa
inquietação que leva o Homem a buscar conhecer
sempre mais."
"Na fonte primordial de onde brotam os impulsos,
não existem ainda o bem e o mal. O que move uma pessoa
em direção à droga está, na origem,
muito perto do que levou o homem a se debruçar sobre
o microscópio, ou a olhar através de um telescópio
- o mesmo que impulsionou tantos em direção
ao sextante, aos mares bravios, às aventuras espaciais.
Esse movimento de expansão, que nos empurra às
grandes descobertas, afrontando o desafio do desconhecido,
é parte do arsenal que nos fez humano - reflexo do
desejo de conhecer sempre mais, da ousadia de romper limites."
"Para exercitar uma escolha livre, é preciso
conhecer a própria necessidade, (...) conhecer as opções
possíveis, e conhecer as implicações
de cada uma das possibilidades de ação. (...)
. Se o impulso que leva um indivíduo a experimentar
uma substância psicoativa é o desejo de romper
as barreiras da realidade cotidiana, o resultado dessa experiência
pode ser a criação de barreiras ainda mais limitantes,
que estreitarão cada dia mais seu campo de interesse."
"Este é o drama central da educação
(em casa ou na escola): temos de nos basear na experiência
de ontem, para educar hoje aqueles que vão enfrentar
o mundo amanhã. (...) Cabe à escola ajudar a
criança a formar seu próprio código de
ética, baseado na tolerância e na generosidade.
Esta é a base da formação de um cidadão
ético, único caminho para se chegar a uma sociedade
mais justa."