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Quinta-Feira , 18 de Abril de 2024
>> Saúde
   
 
O jovem que buscamos e o encontro que queremos ser: a vulnerabilidade como eixo de avaliação de ações preventivas do abuso de drogas, DST e AIDS entre crianças e adolescentes

José Ricardo de C. M. Ayres


É comum associar Doenças Sexualmente Transmissíveis e o uso de drogas com prevenção. Sabemos, porém, que entre associar e elaborar um programa de prevenção realmente eficaz, a distância é muito longa. Neste texto, o médico sanitarista faz uma análise da questão.

Deve-se ressaltar que relacionar DSTs, Drogas e Prevenção é uma questão extremamente delicada, pois não depende só da escola e dos professores, mas de uma série de variáveis (mídia, família) que fogem ao controle do educador.

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"(...) Como uma carta de navegação e uma bússola são os instrumentos indispensáveis para qualquer 'sonho náutico', a avaliação de um programa de intervenção é quase tão importante quanto os ideais que nos orientam e as ações que realizamos. (...) a avaliação deve começar quando vamos estabelecer o que fazer. Uma carta náutica não se traça à chegada, ou no meio da travessia, mas em terra firme, antes de partir. Também não deve ser deixada no porto. Se não for consultada e, eventualmente, corrigida, complementada, de nada terá servido fazê-la."

"Um dos maiores obstáculos a qualquer trabalho preventivo com populações de crianças e adolescentes parece ser a forma estereotipada e naturalizada com que temos tratado os jovens em nossos serviços de educação e saúde, especialmente os adolescentes. (...) Se a condição mínima necessária para que o indivíduo possa proteger-se contra esses problemas é, como se acumulam evidências, tornar-se ativamente sujeito de sua própria saúde, assumindo comportamento protetores e solidários, então não bastarão a base biológica e os aspectos transculturais da adolescência para nos orientar. Há que se resgatar a particularidade social e cultural que marca a identidade concreta de nossas crianças e adolescentes, aquela que os torna suscetíveis ao abuso de drogas, à DST e à AIDS, e que deverá fazê-los mais sensíveis a efetivas possibilidades de superação dessa suscetibilidade."

"...estratégia de aproximação preventiva à epidemia da AIDS passou a ser explorada nos EUA: a noção de vulnerabilidade. Ela busca estabelecer uma 'síntese conceitual e prática das dimensões sociais, político-institucionais e comportamentais associadas às diferentes suscetibilidades de indivíduos, grupos populacionais e até mesmo nações à infecção pelo HIV e às suas conseqüências indesejáveis (doença e morte)."

"Bem, muito mais haveria a dizer, que não cabe no espaço deste texto. Mas, pensando bem, é melhor mesmo que o resto seja dito e pensado em situações mais próximas àquelas em que estaremos efetivamente trabalhando, ou estaríamos 'traindo' a aposta fundamental desta proposta de avaliação, que é a busca das nossas crianças e adolescentes de 'carne e osso', que é a perseguição de valores que sejam não preceitos morais abstratos, mas positiva busca de liberdade e felicidade, que é o desafio de fazer da prevenção não uma simples tarefa profissional, mas um efetivo encontro de seres humanos."

Publicação: Série Idéias n. 29, São Paulo: FDE, 1996
Páginas: 15-23

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