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O papel do jogo na educação
das crianças |
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Gisela Wajskop França |
O que acontece durante um jogo de
crianças? Aos olhos de um observador desatento,
apenas brincadeiras, coisas sem importância. Aos
olhos de um pesquisador, ou de um educador, tantas coisas
importantes estão ocorrendo: assimilação
e apropriação da realidade humana, construção
de hipóteses, elaboração de soluções
para problemas, enriquecimento da personalidade.
Tudo isto é demonstrado neste texto a partir
da análise de uma situação de brincadeira.
Tomando a importância da brincadeira no desenvolvimento
infantil, a autora conclui expondo a necessidade de
se incluir o jogo quando se sistematiza um projeto pedagógico.
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"(...) o jogo permite uma assimilação
e apropriação da realidade humana pelas crianças
já que este "não surge de uma fantasia
artística, arbitrariamente construída no mundo
imaginário da brincadeira infantil; a própria
fantasia da criança é engendrada pelo jogo,
surgindo precisamente neste caminho pelo qual a criança
penetra na realidade."
"Por último, é preciso sublinhar que,
no jogo, relações reais de interação
entre as crianças ocorrem com a mesma intensidade que
as lúdicas. Ao mesmo tempo em que os meninos desempenham
papéis de trabalhadores e fazem a "avalanche"
ter existência real, discutem entre si como o conteúdo
do jogo deve ser elaborado. Assim, a brincadeira aparece como
fator de organização entre as crianças
que compreendem, durante a atividade, necessidades de uma
escuta complementar e de ações complementares
que condicionam o próprio desenrolar do tema."
"Claro está em que, se as crianças
brincam de maneira independente em casa, com os amigos ou
parentes, a prática e a história nos têm
revelado que elas também brincam, e muito, na escola.
O fato é que, nem sempre, suas brincadeiras são
levadas em conta pelo currículo pré-escolar
e quando o são aparecem apenas como recreação
ou possibilidade de desgaste de energia para que, em sala,
as crianças possam concentrar-se em atividades didáticas
dirigidas.
A questão que se coloca, nesse artigo, é como
levar em conta o jogo infantil ao serem elaborados planos
pedagógicos pré-escolares, considerando-se o
exposto até agora. Ou seja, como transformar o jogo
infantil em recurso pedagógico pré-escolar de
construção de conhecimento pelas crianças
e como instrumento de organização autônomo
e independente das mesmas."
"Para garantir o aparecimento do jogo independente,
faz-se necessário:
que a rotina escolar contemple períodos
razoavelmente longos entre as atividades dirigidas, para que
as crianças sintam-se à vontade para brincar;
que existam materiais variados, organizados
de maneira clara e acessível às crianças,
de tal forma que possam deflagrar e facilitar o aparecimento
das brincadeiras entre elas. O acesso e a organização
dos materiais devem levar em conta a idade das crianças,
sendo seu uso coordenado pelo adulto responsável pelo
grupo. (...)
que a sala onde as crianças passam a
maior parte de seu tempo tenha uma configuração
visual e espacial propícia ao desenvolvimento da imaginação.
(...)
que haja um período em que as crianças
e o adulto responsável pelo grupo possam conversar
sobre a brincadeira que vivenciaram, sobre as questões
que se colocaram, o material que utilizaram, os personagens
que assumiram, as crianças com as quais interagiram;
que o jogo seja incorporado no currículo como
um todo, e as questões colocadas no seu desenrolar
possam fazer parte de pesquisas desenvolvidas em atividades
dirigidas pelas crianças; ampliadas através
de passeios, observação da natureza, projeção
de vídeos, escuta de rádio, música, leituras
etc.;
que o adulto seja elemento integrante das brincadeiras,
ora como observador e organizador, ora como personagem que
explicita ou questiona e enriquece o desenrolar da trama,
ora como elo entre as crianças e os objetos.(...)"
Publicação:
Série Idéias n. 7. São Paulo: FDE, 1995.
Páginas: 46 a 53
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