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O desenho na pré-escola: o
olhar e as expectativas do professor |
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Izabel Galvão |
Alguma das seguintes
perguntas já passou pela sua cabeça em sala
de aula?
- O que faço quando não consigo decifrar
o desenho de uma criança?
- Devo perguntar o que ela desenhou?
- E se eu não achar bonito, como devo agir?
Se você já pensou nessas questões,
ou quaisquer outras relacionadas ao desenho infantil,
é importante ler esse texto.
Nele a autora mostra a importância da atividade
de desenhar para o desenvolvimento da criança
e, além disso, discute o papel do professor e
da pré-escola em possibilitar o espaço
necessário e adequado para o desenvolvimento
desta atividade.
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"Toda criança desenha. Mesmo que não
seja adequadamente instrumentada para tal, a criança
pequena quase sempre encontra uma maneira de deixar, nas
superfícies, o registro de seus gestos: se não
tiver papel, pode ser na terra, na areia, ou até
mesmo na parede de casa; se não tiver lápis,
serve um pedaço de tijolo, uma pedra, ou uma lasca
de carvão."
"O olhar que o professor dirige ao desenho da criança
apóia-se nas concepções que ele tem
sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas
na sua própria história e experiência
com a linguagem. Apóia-se também em seus conhecimentos
sobre as possibilidades do grafismo infantil, noções
adquiridas durante a sua formação e ao longo
de sua experiência profissional. Todo esse conhecimento
traduz-se em expectativas com a produção infantil,
que definem o diálogo que o professor estabelece
com a criança sobre seus desenhos, interação
que pode ser marcada pelo incentivo, pela advertência,
pela indiferença."
"Percebemos que o desenho "perfeito"
é também aquele que se aproxima mais da estilização
padronizada do real; é o que nos indica a satisfação
do professor diante da reprodução de modelos
divulgados pelos manuais de 'desenho pedagógico',
diante das clássicas estilizações infantis,
como o desenho da casinha e o da figura humana, e ainda
ante o cumprimento de procedimentos padronizados, como o
preenchimento de áreas previamente contornadas e
a ocupação 'homogênea' da folha de papel.(...)
Esta expectativa desconsidera o fato de que são mœltiplas
as percepções que se pode ter de um mesmo
objeto, por diferentes pessoas, ou pela mesma pessoa em
momentos diferentes."
"É grande a responsabilidade do professor
na construção de um ambiente favorável
ao desenvolvimento do desenho infantil. É certo que
o prazer encontrado pela criança no desenho deixará
de existir se não forem permitidas a exploração
de sua função expressiva e a realização
de seu potencial criativo. Precisamos repensar as expectativas
que temos do desenho da criança, assim como o diálogo
que estabelecemos com ela a respeito da sua produção
gráfica. Além disso, precisamos discutir as
oportunidades concretas para o fazer artístico na
Pré-escola."
Publicação:
Série Idéias n. 14. São Paulo: FDE, 1992.
Páginas: 53 a 61
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