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Sexta-Feira , 26 de Abril de 2024
>> Desenvolvimento e Aprendizagem
   
 
O desenho na pré-escola: o olhar e as expectativas do professor

Izabel Galvão


Alguma das seguintes perguntas já passou pela sua cabeça em sala de aula?
- O que faço quando não consigo decifrar o desenho de uma criança?
- Devo perguntar o que ela desenhou?
- E se eu não achar bonito, como devo agir?
Se você já pensou nessas questões, ou quaisquer outras relacionadas ao desenho infantil, é importante ler esse texto.
Nele a autora mostra a importância da atividade de desenhar para o desenvolvimento da criança e, além disso, discute o papel do professor e da pré-escola em possibilitar o espaço necessário e adequado para o desenvolvimento desta atividade.

Clique aqui para ler o texto na íntegra. Para isso você precisa ter o programa Acrobat Reader. Para instalá-lo, clique aqui.

"Toda criança desenha. Mesmo que não seja adequadamente instrumentada para tal, a criança pequena quase sempre encontra uma maneira de deixar, nas superfícies, o registro de seus gestos: se não tiver papel, pode ser na terra, na areia, ou até mesmo na parede de casa; se não tiver lápis, serve um pedaço de tijolo, uma pedra, ou uma lasca de carvão."

"O olhar que o professor dirige ao desenho da criança apóia-se nas concepções que ele tem sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas na sua própria história e experiência com a linguagem. Apóia-se também em seus conhecimentos sobre as possibilidades do grafismo infantil, noções adquiridas durante a sua formação e ao longo de sua experiência profissional. Todo esse conhecimento traduz-se em expectativas com a produção infantil, que definem o diálogo que o professor estabelece com a criança sobre seus desenhos, interação que pode ser marcada pelo incentivo, pela advertência, pela indiferença."

"Percebemos que o desenho "perfeito" é também aquele que se aproxima mais da estilização padronizada do real; é o que nos indica a satisfação do professor diante da reprodução de modelos divulgados pelos manuais de 'desenho pedagógico', diante das clássicas estilizações infantis, como o desenho da casinha e o da figura humana, e ainda ante o cumprimento de procedimentos padronizados, como o preenchimento de áreas previamente contornadas e a ocupação 'homogênea' da folha de papel.(...) Esta expectativa desconsidera o fato de que são mœltiplas as percepções que se pode ter de um mesmo objeto, por diferentes pessoas, ou pela mesma pessoa em momentos diferentes."

"É grande a responsabilidade do professor na construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento do desenho infantil. É certo que o prazer encontrado pela criança no desenho deixará de existir se não forem permitidas a exploração de sua função expressiva e a realização de seu potencial criativo. Precisamos repensar as expectativas que temos do desenho da criança, assim como o diálogo que estabelecemos com ela a respeito da sua produção gráfica. Além disso, precisamos discutir as oportunidades concretas para o fazer artístico na Pré-escola."

Publicação: Série Idéias n. 14. São Paulo: FDE, 1992.
Páginas: 53 a 61

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