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Boa noite
Sexta-Feira , 19 de Abril de 2024
>> Avaliação Externa
   
 
A avaliação de desempenho na área de língua na Argentina: a utilização de provas objetivas.

Marta Elena Costa


Que porcentagem de acerto seus alunos teriam ao resolverem esta questão?
"Para resolver o exercício 26, leia a seguinte oração:


Quando tudo parecia ter sido dito sobre os mamíferos marinhos do Peru chegam notícias de uma nova espécie de golfinho.

26) marinhos é um:
a- substantivo
b- adjetivo
c- verbo
d- advérbio"

Na Argentina, 24% dos alunos da última série do primário acertaram essa questão. Mas será que essa é uma boa questão?
A análise do porquê de algumas questões terem baixo índice de desempenho por parte dos alunos, e o que é importante levar em consideração na hora de elaborar uma avaliação de língua materna são alguns dos assuntos tratados neste artigo.
Na primeira parte, a autora analisa, além do significado, a qualidade de uma avaliação trazendo informações interessantes para a sua elaboração, tais como: a linguagem utilizada, a contextualização das questões, a seleção adequada dos textos, a compreensibilidade das perguntas e a necessidade do avaliando saber por que está sendo avaliado.
Na segunda parte, a autora faz uma análise geral do Sistema Nacional de Avaliação na Argentina, e se detém mais na análise de elaboração de cada um dos itens de uma das provas de língua aplicadas nesse país e o respectivo percentual de acerto dos alunos.

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"Segundo Díaz Barriga, a avaliação deixou de ser "um aspecto do método ligado à aprendizagem, como o era na concepção de Comenio, para converter-se em um meio para a promoção, mudando-se assim a prática pedagógica, pois ao se levar em conta apenas a promoção, os esforços dos professores e alunos descentram-se dos processos de ensino-aprendizagem."

"Courtney Cazden explica que o exercício de qualquer processo cognitivo - tanto para nós como para as crianças- ocorre em algum contexto: um formato particular de tarefa, condições físicas determinadas, uma certa organização social, regras convencionadas etc.; e as características desse contexto darão apoio ou criarão obstáculos para as tarefas cognitivas nele desempenhadas. A cognição está sempre presente em um contexto e não pode ser ensinada ou avaliada separadamente de um contexto particular."

"Do ponto de vista dos avaliadores, a construção das provas é um processo árduo, complexo, requer "ciência" e tem ao mesmo tempo um "componente artesanal" que nem sempre tem sido devidamente considerado. Por outro lado, a avaliação aparece como um espaço de confluência de numerosas disciplinas, exigindo interações muito mais ricas e complexas que as habituais, por parte de "especialistas em avaliação" e "especialistas em conteúdos."

"Se quisermos que as populações avaliadas possam demonstrar seus saberes, devemos ampliar seu grau de participação deixando de lado alguns estereótipos e construindo instrumentos válidos e confiáveis que formulem perguntas inteligentes, cujas respostas esperadas levem em conta a diversidade lingüistica, cultural e cognitiva"

Publicação: Série Idéias n. 30. São Paulo: FDE, 1998
Páginas: 39-88

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