"Segundo Díaz Barriga, a avaliação
deixou de ser "um aspecto do método ligado à
aprendizagem, como o era na concepção de Comenio,
para converter-se em um meio para a promoção,
mudando-se assim a prática pedagógica, pois
ao se levar em conta apenas a promoção, os esforços
dos professores e alunos descentram-se dos processos de ensino-aprendizagem."
"Courtney Cazden explica que o exercício de
qualquer processo cognitivo - tanto para nós como para
as crianças- ocorre em algum contexto: um formato particular
de tarefa, condições físicas determinadas,
uma certa organização social, regras convencionadas
etc.; e as características desse contexto darão
apoio ou criarão obstáculos para as tarefas
cognitivas nele desempenhadas. A cognição está
sempre presente em um contexto e não pode ser ensinada
ou avaliada separadamente de um contexto particular."
"Do ponto de vista dos avaliadores, a construção
das provas é um processo árduo, complexo, requer
"ciência" e tem ao mesmo tempo um "componente
artesanal" que nem sempre tem sido devidamente considerado.
Por outro lado, a avaliação aparece como um
espaço de confluência de numerosas disciplinas,
exigindo interações muito mais ricas e complexas
que as habituais, por parte de "especialistas em avaliação"
e "especialistas em conteúdos."
"Se quisermos que as populações avaliadas
possam demonstrar seus saberes, devemos ampliar seu grau de
participação deixando de lado alguns estereótipos
e construindo instrumentos válidos e confiáveis
que formulem perguntas inteligentes, cujas respostas esperadas
levem em conta a diversidade lingüistica, cultural e
cognitiva"