" Acreditamos profundamente no professor; hoje ele
pode ter um papel revolucionário (ainda que correndo
o risco, ao afirmarmos isto, de sermos chamados de 'jurássicos',
de utópicos). Esta onda neoliberal, que está
aí quebrando todas as esperanças, tem muitos
interesses não explicitados. O professor lida sim com
a esperança, com a utopia; isto faz parte da essência
do seu próprio trabalho."
"Sem autoridade não se faz educação;
o aluno precisa dela, seja para se orientar, seja para poder
opor-se (o conflito com a autoridade é normal, especialmente
no adolescente), no processo de constituição
de sua personalidade. O que se critica é o autoritarismo,
que é a negação da verdadeira autoridade,
pois se baseia na coisificação, na domesticação
do outro."
"Sentimos necessidade de apontar para a mudança
de enfoque: em vez de culpa, é preciso falarmos de
responsabilidade. A culpa, por ser de 'fora para dentro',
leva ao julgamento e à atitude de defesa, de transferência,
de procurar jogar novamente para fora, buscando outro culpado;
a preocupação maior acaba ficando em achar o
culpado e não em resolver o problema. A responsabilidade,
por ser algo mais de 'dentro para fora', chama para a ação,
para o compromisso com a superação."