"No final da Guerra, depois que os americanos já
estavam na França, fui preso e deportado. Este episódio
me marcou muito porque foi aí que tive a experiência
da infelicidade, da miséria, da humilhação.
Era bom aluno, me saía bem nas provas, a vida ia bem
e, bruscamente, pela primeira vez, apanhei, passei fome. Foi
a partir deste momento que comecei a me preocupar com aqueles
para quem esta experiência, que foi para mim temporária,
representa o cotidiano."
"É isto que perdemos de vista em Educação:
o aluno precisa ter consciência da distância que
há entre os grandes artistas e nós todos. Para
tanto, ele precisa conhecê-los cada vez melhor a fim
de que suas próprias produções sejam
cada vez mais originais, mais válidas e mais ricas.
É este ir e vir entre sua produção e
a obra dos grandes artistas que enriquece o trabalho do aluno."
"Dizer a verdade aos alunos não é
suficiente para que eles aprendam. Para convencê-los
é preciso explicar por que eles se enganam. Deve-se
iniciar, assim, pela crítica à sua concepção,
para apresentar, depois, a teoria."
"Quanto mais os alunos enfrentam dificuldades -
de ordem física e econômica - mais a Escola deve
ser um local que lhes traga outras coisas. Essa alegria não
pode ser uma alegria que os desvie da luta, mas eles precisam
ter o estímulo do prazer. A alegria deve ser prioridade
para aqueles que sofrem mais fora da Escola."