Neste artigo há uma análise
do processo de implantação da gestão
democrática em Mato Grosso.
Para os autores, a gestão democrática é
entendida como o "
conjunto de transformações
que compreendem a instalação de Conselhos
Deliberativos, constituídos por representantes
de diversos segmentos da comunidade escolar, a eleição
do diretor da escola pela comunidade escolar e, também
a autonomia financeira representada pelo repasse direto
dos recursos financeiros à escola e a delegação
a ela da responsabilidade pela forma de utilização
desses recursos".
Os autores nos convidam a refletir por que ocorre um
desacerto dos diretores com a democracia, isto é,
por que as escolas ainda não conseguiram implementar
processos democráticos em seu interior.
Eles apontam possíveis respostas para essa
questão:
· Enfrentar o desafio de construir uma gestão
nos moldes democráticos, frente a uma série
de limites impostos pela forma como a sociedade está
organizada, exige dos diferentes segmentos da escola
(professores, diretores, supervisores, funcionários,
alunos e pais de alunos) a compreensão e a interpretação
do sentido e do significado da democracia.
· Pensar em democracia plena implica incluir
participação direta nas tomadas de decisão.
Ou seja, tem havido uma utilização de
instrumentos democráticos sem a implementação
de práticas democráticas, pela via da
participação.
Como conclusão, os autores acreditam que "...há
a necessidade de se contar com a construção
de um novo e diferente projeto de escola. Um projeto
que seja financiado pelo Estado, mas que represente
efetivamente os anseios, as expectativas e os sonhos
dos segmentos da escola."