Este texto resume a história
das teorias da administração, desde a
Teoria Clássica até as modernas teorias
administrativas.
De acordo com a autora, na Teoria Clássica, o
principal objetivo era o controle dos gestos do trabalhador
para que o trabalho fosse realizado com a maior destreza
e rapidez possível. Naquela época, início
do século XX, a ciência do trabalho era
a ciência dos gestos.
Com as grandes transformações ocorridas
no mundo da produção, as teorias modernas
da administração passam a ser caracterizadas
por uma preocupação com a motivação,
a cooperação e a integração.
Isso gerou uma diversificação dos mecanismos
de controle, que vão se tornando cada vez mais
sutis e, em seu lugar, aparece o incentivo à
participação e à autonomia. Mas,
para Lúcia Barreto Bruno, trata-se de uma "participação
controlada" e de uma "autonomia meramente
operacional".
Mas, e na gestão da escola, o que significa
autonomia e participação ?
A autonomia passa a ser fundamental à medida
em que as realidades educacionais se tornam cada vez
mais complexas, e a burocracia incapaz de dar respostas
a esta realidade tão diversificada e em constante
mudança.
E para que a autonomia seja possível, é
necessária uma maior participação
dos agentes envolvidos no processo educacional, pois
sua responsabilidade aumenta na proporção
em que se descentraliza o poder.
E o que isto significa de concreto ?
Segundo a autora, as escolas devem procurar promover
formas consensuais de tomada de decisão, o
que implica a maior participação possível
dos envolvidos.
Por fim, Lúcia Barreto Bruno propõe algumas
perguntas para ajudar na promoção da autonomia
e da participação na escola:
- Deseja-se promover a autonomia em relação
a quê ? A alguns órgãos de decisão,
ou em relação às formas de organização
de outras instituições ?
- Qual o grau de participação dos diferentes
agentes sociais envolvidos?
- Que formas de avaliação deverão
ser criadas para garantir realização dos
objetivos propostos ?
- Qual deverá ser a função do diretor
nesta tarefa ?