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Sexta-Feira , 29 de Março de 2024
>> Direção e Coordenação
   
 
A escola e seu diretor: algumas reflexões

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima


Este artigo trata dos diferentes papéis do diretor de escola e mostra sua movimentação em relação a algumas mudanças da estrutura educacional norte-americana e a rede de relações existentes nessa estrutura.

Optamos por fazer uma leitura desse artigo enfocando apenas os papéis do diretor e suas possíveis falas. Outras leituras são possíveis. Faça a sua e acrescente, em cada um dos papéis, qual seria a sua fala.

1. líder pedagógico: leva o professor a desenvolver-se profissionalmente, incentiva a tendência inovadora, facilita ao professor a participação em seminários e cursos etc.

Nós, diretores, também precisamos de respaldo teórico e técnico.
Burocracia se aprende até sozinho, mas um líder pedagógico precisa de trabalho (coletivo) e colaboração para ser formado.

2. mediador das relações entre a Escola e a comunidade: envolve a comunidade para que possa compartilhar dos problemas educacionais levando-a a conhecer mais sobre o desenvolvimento cognitivo dos filhos em relação ao que se tem ensinado na escola, legitima as reformulações metodológicas e pedagógicas que ocorrem na escola.


A sala do diretor não deve ser o regulador da disciplina. Ela precisa ser um local aberto onde as pessoas possam entrar livremente para mostrar as coisas que fizeram bem-feitas.
Convidamos os pais que venham para a sala de aula, espontaneamente, discorrer sobre algum tópico de sua escolha (profissão, hobby, país de origem etc.) ou para ler histórias, relatar uma viagem, ou ainda para ensinar alguma habilidade (desenho, origami etc.).

3. mediador das relações entre o professorado e a comunidade e os órgãos normativos: legitima as ações do professorado e da comunidade para as instâncias superiores e vice-versa.


O diretor precisa ser visível, uma pessoa real e atuante, mesmo que isto o torne mais vulnerável.
Os diretores preferem não impor mudanças ou implantação de novos programas, pois as decisões impostas de cima para baixo têm, em geral, resultados negativos, quando não catastróficos.

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Publicação: Artigo da Série Idéias n. 12. São Paulo: FDE, 1992.
Páginas: 117-124

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